segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Jesus, o justo Juiz

Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Hebreus 2:17
Jesus revestiu Sua divindade com a humanidade a fim de poder alcançar a raça humana. O apóstolo diz: “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também Ele, igualmente, participou […]. Pois Ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Hb 2:14-18). Jesus é o único que já andou na carne, mas, mesmo assim, é capaz de julgar com justiça. Olhando para nossas ações exteriores, as pessoas podem condenar e arrancar aquilo que pensam ser o joio; porém, dessa forma, é possível cometer graves erros. Tanto pastores quanto leigos devem estudar a Bíblia e entender como agir em relação aos que erram. Não devem se portar com precipitação nem ser influenciados por preconceito ou parcialidade, estando prontos, com o coração insensível, a arrancar um ou derrubar outro; pois essa é uma obra extremamente solene. Ao criticar e condenar irmãos e irmãs, os acusadores ferem e maculam almas por quem Cristo morreu. Jesus as comprou com o próprio sangue precioso. Embora outros, julgando com base nas aparências externas, pronunciem sentenças contra eles, o julgamento que recebem nas cortes do Céu é mais favorável do que o recebido por seus acusadores. Antes de qualquer um de vocês falar contra outros cristãos ou tomar a ação decisiva de excluí-los da comunhão da igreja, siga a instrução do apóstolo: “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2Co 13:5).
Examinem bem o caráter dos próprios pensamentos aqueles que estão prontos para descartar seus irmãos e irmãs, analisando quais são seus motivos, impulsos, propósitos e atos. […] Se após cuidadoso exame de nós mesmos, em atitude de oração, descobrimos que não somos capazes de passar no teste da investigação humana, então como suportaremos o teste aos olhos de Deus, caso nos levantemos como juízes dos outros?
Antes de julgarmos os outros, nossa primeira obra é vigiar e orar, travando guerra contra os males do nosso coração pela graça de Cristo (Review and Herald, 3 de janeiro de 1893).

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Satanás caiu como um relâmpago

Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. Lucas 10:18
Aparentando grande prudência, os líderes religiosos haviam advertido o povo contra as novas doutrinas ensinadas pelo novo Mestre [Jesus]; pois Suas teorias e Seus costumes eram contrários aos ensinos tradicionais. O povo deu crédito ao que ensinavam os sacerdotes e fariseus, em vez de buscar entender por conta própria a Palavra de Deus. Honravam aos sacerdotes e líderes em lugar de Deus, e rejeitavam a verdade para manter as próprias tradições. Muitos foram impressionados e quase persuadidos; não agiram, porém, segundo suas convicções, e não se colocaram do lado de Cristo. Satanás apresentou suas tentações, até que a luz pareceu como as trevas. Assim muitos rejeitaram a verdade que se teria tornado sua salvação.
A Testemunha Verdadeira diz: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3:20). Toda advertência, reprovação e súplica transmitida pela Palavra de Deus ou por Seus mensageiros bate na porta do coração. É a voz de Jesus que solicita entrada. A cada toque não atendido, torna-se mais fraca a disposição para abrir. A impressão do Espírito Santo que é hoje rejeitada não será tão forte amanhã. O coração torna-se menos impressionável e cai em uma perigosa inconsciência da brevidade da vida e da grande eternidade além. Nossa condenação no juízo não será resultado de havermos estado em erro, mas do fato de termos negligenciado as oportunidades enviadas pelo Céu para conhecer a verdade.
Como os apóstolos, os setenta receberam dons sobrenaturais como selo de sua missão. Quando sua obra estava completa, voltaram com alegria, dizendo: “Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo Teu nome!” (Lc 10:17). Jesus respondeu: “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago” (v. 18).
Ao espírito de Jesus, apresentaram-se as cenas do passado e do futuro. Contemplou Lúcifer ao ser, no princípio, expulso dos lugares celestiais. Viu antecipadamente as cenas da própria agonia quando, perante todos os mundos, havia de revelar-se o caráter do enganador. […]
Para além da cruz do Calvário, com sua angústia e seu opróbrio, contemplou Jesus o grande dia final, quando o inimigo de Deus encontrará sua destruição na Terra tão longamente desfigurada por sua rebelião. Jesus contemplou a obra do mal para sempre finda, e a paz divina enchendo o Céu e a Terra (O Desejado de Todas as Nações, p. 489, 490)

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

O santuário e o juízo

Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Hebreus 10:23
Triste é o relato que os anjos levam para o Céu. Pessoas inteligentes, seguidores professos de Cristo, estão absortos na aquisição de posses mundanas ou na satisfação de prazeres terrenos. […] Poucos, porém, são os momentos dedicados à prece, ao exame das Escrituras, à humilhação da alma e confissão do pecado.
Satanás concebe inumeráveis planos para nos ocupar a mente, para que ela não se detenha no próprio trabalho com que deveremos estar mais bem familiarizados. O arquienganador odeia as grandes verdades que apresentam um sacrifício expiatório e um todo-poderoso Mediador. Sabe que, para ele, tudo depende de desviar a mente de Jesus e de Sua verdade.
Os que desejam participar dos benefícios da mediação do Salvador não devem permitir que coisa alguma interfira com seu dever de aperfeiçoar a santidade no temor de Deus. As preciosas horas, em vez de serem entregues ao prazer, à ostentação ou ambição de ganho, devem ser dedicadas ao estudo da Palavra da verdade, com fervor e oração. O assunto do santuário e do juízo de investigação deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam de conhecimento sobre a posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. Aliás, será impossível a eles exercer a fé que é essencial neste tempo, ou ocupar a posição que Deus lhes deseja confiar. Cada indivíduo tem uma alma a salvar ou perder. Cada qual tem um caso pendente no tribunal de Deus. Cada um há de defrontar face a face o grande Juiz. Como é importante, então, que todos contemplem muitas vezes a cena solene em que o juízo se assentará, e os livros se abrirão, e em que, assim como Daniel, cada pessoa deve manter-se em sua posição, até o fim dos dias!
Todos os que receberam luz sobre esses assuntos devem dar testemunho das grandes verdades que Deus lhes confiou. O santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos seres humanos. Diz respeito a cada pessoa que vive sobre a Terra. Patenteia-nos o plano da redenção, transportando-nos até ao final do tempo e revelando o desfecho triunfante da controvérsia entre a justiça e o pecado. É da máxima importância que todos investiguem acuradamente esses assuntos e possam dar resposta a qualquer um que lhes peça a razão da esperança que neles há (O Grande Conflito, p. 487-489).

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A influência de Jesus no lar

Tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento. 1 Pedro 1:15
A verdade tal como é em Jesus faz muito por aquele que a recebe, e não apenas por ele, mas por todos os que estão sob sua esfera de influência. Aquele que é verdadeiramente convertido é iluminado desde o alto, e Cristo habita nele, “uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4:14). Suas palavras, motivos e ações podem ser mal interpretados e falsificados, mas ele não se importa com isso, porque tem maiores interesses em jogo. Não considera sua presente conveniência, não ambiciona ostentar-se nem anela pelo louvor de outros. Sua esperança está no Céu e se mantém avançando para ele com os olhos fixos em Jesus. Ele age retamente porque assim é justo e porque apenas aqueles que praticam a retidão terão entrada no reino de Deus. É bondoso e humilde e se preocupa com a felicidade dos outros. Ele nunca diz: “Sou eu tutor de meu irmão?” (Gn 4:9), mas ama seu próximo como a si mesmo. Suas maneiras não são rudes e ditatoriais como as dos ímpios, mas refletem a luz do Céu sobre os seres humanos. Ele é verdadeiro, um intrépido soldado da cruz de Cristo, pregando a palavra da vida. À medida que obtém influência, desfaz os preconceitos contra si. Sua piedade é reconhecida; e seus princípios bíblicos, respeitados.
Assim ocorre com cada um verdadeiramente convertido. Ele produz preciosos frutos e, assim fazendo, anda como Cristo andou, fala como Ele falou, trabalha como Ele trabalhou, e a verdade tal como é em Jesus, por meio dele, causa boa impressão em seu lar, na vizinhança e na igreja. Ele está construindo um caráter para a eternidade, enquanto desenvolve a própria salvação com temor e tremor (Fp 2:12). Exemplifica diante do mundo os preciosos princípios da verdade, mostrando o que a verdade fará na vida e no caráter do verdadeiro fiel. Inconscientemente, ele está fazendo sua parte na sublime obra de Cristo pela redenção do mundo, uma obra que, em seu caráter e influência, está debilitando intensamente o fundamento da falsa religião e da falsa ciência. […]
O Senhor deseja que você e sua família sejam cristãos em todo o sentido da palavra e que mostrem, em seu caráter, o poder santificador da verdade. Se formassem um caráter assim, suas obras passariam pelo teste do juízo. Se os fogos do último dia fossem acesos sobre suas obras como agora estão, elas provariam ser apenas palha, madeira e restolho. Não pensem que isso é muito severo; é verdadeiro. O eu está misturado a todos os trabalhos de vocês. Atingirão vocês o alto padrão? (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 569, 570)

Representação do santuário celestial

Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre. Hebreus 9:1
Foi-me também mostrado um santuário sobre a Terra, contendo dois compartimentos. Parecia-se com o do Céu, e foi-me dito que era uma representação do celestial. Os objetos do primeiro compartimento do santuário terrestre eram semelhantes ao do primeiro compartimento do celestial. O véu ergueu-se, e eu olhei para o santo dos santos e vi que a mobília era a mesma do lugar santíssimo do santuário celestial. O sacerdote ministrava em ambos os compartimentos do terrestre. Ia diariamente ao primeiro compartimento, mas entrava no lugar santíssimo apenas uma vez ao ano para purificá-lo dos pecados que tinham sido levados ali. Vi que Jesus ministrava em ambos os compartimentos do santuário celestial. Os sacerdotes entravam no terrestre com sangue de um animal, como oferta para o pecado. Cristo entrou no santuário celestial, oferecendo o próprio sangue. Os sacerdotes terrestres eram removidos pela morte; portanto, não podiam continuar por muito tempo; mas Jesus foi Sacerdote para sempre. Pelos sacrifícios e ofertas trazidas ao santuário terrestre, deveriam os filhos de Israel apossar-se dos méritos de um Salvador que havia de vir. Na sabedoria de Deus, os pormenores desta obra nos foram dados para que pudéssemos, volvendo um olhar para os mesmos, compreender a obra de Jesus no santuário celestial.
Ao morrer Jesus no Calvário, clamou: “Está consumado” (Jo 19:30), e o véu do templo partiu-se de alto a baixo. Isso deveria mostrar que o serviço no santuário terrestre estava para sempre concluído, e que Deus não mais Se encontraria com os sacerdotes em seu templo terrestre para aceitar seus sacrifícios. O sangue de Jesus foi então derramado, o qual deveria ser oferecido por Ele mesmo no santuário nos Céus. Assim como o sacerdote entrava no lugar santíssimo uma vez ao ano, para purificar o santuário terrestre, Jesus entrou no lugar santíssimo do celestial, no fim dos 2.300 dias de Daniel 8, em 1844, para fazer uma expiação final por todos os que pudessem ser beneficiados por Sua mediação, e assim purificar o santuário. […]
Por sobre o lugar em que Jesus Se achava, diante da arca, havia uma glória extraordinariamente brilhante, para a qual eu não podia olhar; parecia-se com o trono de Deus. Subindo o incenso para o Pai, a excelente glória vinha do trono a Jesus, e dEle se derramava sobre aqueles cujas orações tinham subido como suave incenso (Primeiros Escritos, p. 252, 253, 252).

terça-feira, 3 de outubro de 2017

No lugar santíssimo

Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-Se à destra de Deus. Hebreus 10:12
O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844. Revelou um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si e mostrando que a mão de Deus dirigira o grande movimento do advento e apontara novos deveres ao trazer à luz a posição e obra de Seu povo. Como os discípulos de Jesus, depois da terrível noite de sua angústia e desapontamento “alegraram-se […] ao verem o Senhor” (Jo 20:13), assim se regozijaram então os que, pela fé, haviam aguardado o segundo advento. Esperavam que Ele aparecesse em glória para dar a recompensa a Seus servos. Vendo frustradas suas esperanças, perderam de vista a Jesus e, como Maria, junto ao sepulcro, exclamaram: “Levaram o meu Senhor, e não sei onde O puseram” (v. 13). Então, no lugar santíssimo, contemplaram de novo seu compassivo Sumo Sacerdote, prestes a aparecer como Rei e Libertador. A luz proveniente do santuário iluminou o passado, o presente e o futuro. Souberam que Deus os havia guiado por Sua providência infalível. Se bem que, como aconteceu aos primeiros discípulos, não compreendessem a mensagem por eles mesmos comunicada, era esta, no entanto, correta em todos os sentidos. Proclamando-a, tinham cumprido o propósito de Deus, e seu trabalho não havia sido em vão no Senhor. De novo gerados “para uma viva esperança”, regozijavam-se “com alegria indizível e cheia de glória” (1Pe 1:3, 8).
Tanto a profecia de Daniel 8:14 – “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” – como a mensagem do primeiro anjo – “Temei a Deus e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo” (Ap 14:7) – indicavam o ministério de Cristo no lugar santíssimo, o juízo investigativo, e não a vinda de Cristo para resgatar o Seu povo e destruir os ímpios. O engano não havia sido na contagem dos períodos proféticos, mas no acontecimento a ocorrer no fim dos 2.300 dias. Por esse erro, os crentes sofreram desapontamento; entretanto, cumprira-se tudo que estava predito pela profecia e que, com autoridade bíblica, eles podiam esperar. Ao mesmo tempo em que lamentavam a ruína de suas esperanças, transcorrera o acontecimento que fora predito pela mensagem, e que deveria cumprir-se antes que o Senhor aparecesse para recompensar Seus servos (O Grande Conflito, p. 423, 424).

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Compreendendo o santuário celestial

Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação. Hebreus 9:11
A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé (Evangelismo, p. 221).
O santuário terrestre fora construído por Moisés, conforme o modelo a ele mostrado no monte. Era uma figura para o tempo então presente, no qual se ofereciam tanto dons como sacrifícios; seus dois lugares santos eram “figuras das coisas que se acham nos Céus” (Hb 9:9, 23); Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2). Sendo em visão concedida a João um vislumbre do templo de Deus no Céu, contemplou ele ali “sete tochas de fogo” (Ap 4:5) que ardiam diante do trono. Viu um anjo, “com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso, para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono” (Ap 8:3). Com isso, permitiu-se ao profeta ver o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as “sete lâmpadas de fogo” e o “altar de ouro” representados pelo castiçal de ouro e o altar de incenso no santuário terrestre. Novamente, “abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no Céu” (Ap 11:19), e ele olhou para dentro do véu interno, no santo dos santos. Ali viu a “arca da aliança”, representada pelo cofre sagrado construído por Moisés a fim de conter a lei de Deus. […]
João afirma que viu o santuário no Céu. Aquele santuário em que Jesus ministra em nosso favor é o grande original do qual o santuário construído por Moisés era uma cópia.
Do templo celestial, morada do Rei dos reis, onde milhares de milhares O servem, e milhões de milhões estão diante dEle (Dn 7:10), templo repleto da glória do trono eterno, onde serafins, seus guardas resplandecentes, velam o rosto em adoração; sim, desse templo, nenhuma estrutura terrestre poderia representar a vastidão e glória. Entretanto, importantes verdades relativas ao santuário celestial e à grande obra ali prosseguida em prol da redenção da humanidade deveriam ser ensinadas pelo santuário terrestre e seu cerimonial.
Depois de Sua ascensão, nosso Salvador iniciaria Sua obra como nosso Sumo Sacerdote. Diz Paulo: “Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hb 9:24) (Patriarcas e Profetas, p. 356, 357).

domingo, 1 de outubro de 2017

A coluna central do adventismo


Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? Daniel 8:13
A passagem que, mais que todas as outras, havia sido tanto a base como a coluna central da fé do advento foi: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Dn 8:14). Essas palavras haviam sido familiares a todos os crentes na breve vinda do Senhor. Essa profecia era repetida pelos lábios de milhares, como a senha de sua fé. Todos sentiam que dos acontecimentos nela preditos dependiam suas mais brilhantes expectativas e mais acariciadas esperanças. Ficara demonstrado que esses dias proféticos terminariam no outono de 1844. Em conformidade com o resto do mundo cristão, os adventistas admitiam, naquele tempo, que a Terra, ou alguma parte dela, era o santuário. Entendiam que a purificação do santuário fosse a purificação da Terra pelos fogos do último grande dia e que ocorreria por ocasião do segundo advento. Daí a conclusão de que Cristo voltaria à Terra em 1844.
Entretanto, o tempo indicado passou, e o Senhor não apareceu. Os crentes sabiam que a Palavra de Deus não poderia falhar. Deveria haver engano na interpretação da profecia. Onde, porém, estava o engano? Muitos cortaram temerariamente o nó da dificuldade, negando que os 2.300 dias terminassem em 1844. Nenhuma razão se poderia dar para isso, a não ser que Cristo não viera na ocasião em que O esperavam. Argumentavam que, se os dias proféticos houvessem terminado em 1844, Cristo teria então voltado para purificar o santuário mediante a purificação da Terra pelo fogo. Visto que Ele não aparecera, os dias não poderiam ter terminado. […]
Deus, porém, estivera a dirigir Seu povo no grande movimento adventista. Seu poder e glória haviam acompanhado a obra, e Ele não permitiria que ela finalizasse em trevas e desapontamento, para que fosse vituperada como falso reavivamento fanático. Não deixaria Sua palavra envolta em dúvida e incerteza. […]
Foi encontrada, na Bíblia, uma completa explicação do assunto do santuário, quanto à sua natureza, localização e serviços, sendo o testemunho dos escritores sagrados tão claro e amplo, que colocava o assunto acima de qualquer dúvida (O Grande Conflito, p. 409-411).

sábado, 30 de setembro de 2017

A única proteção do lar

Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Romanos 2:13
Os que levam a última mensagem de misericórdia ao mundo devem sentir ser seu dever instruir os pais quanto à religião a ser praticada no lar. O grande movimento de reforma deve começar com a apresentação dos princípios da lei de Deus aos pais, mães e filhos. Ao serem apresentadas as reivindicações da lei, e homens e mulheres se convencerem de seu dever de prestar obediência, perceberão a responsabilidade de sua decisão, não somente quanto a si mesmos, mas no que respeita a seus filhos. Deve ser mostrado a eles que a obediência à Palavra de Deus é nossa única proteção contra os males que estão destruindo o mundo. Os pais estão dando aos filhos um exemplo, seja de obediência, seja de transgressão. Por seu exemplo e ensino, será, na maioria dos casos, decidido o destino de sua família. Na vida futura, os filhos serão o que seus pais os influenciaram a ser.
Caso os pais fossem levados a seguir o resultado de suas ações, e pudessem ver como, por seu exemplo e ensino, eles perpetuam e aumentam o poder do pecado, ou o poder da justiça, certamente haveria uma mudança. Muitos romperiam o encantamento da tradição e dos costumes.
Que os pastores insistam nisso diante da congregação. Reforcem na consciência dos pais a convicção de seus solenes deveres, por tanto tempo negligenciados. Isso vencerá, como nenhuma outra coisa, o espírito de farisaísmo e a resistência à verdade. A religião no lar é nossa grande esperança, e ilumina a perspectiva da conversão de toda a família à verdade de Deus. […]
Nossa vida tem de estar escondida com Cristo em Deus. Precisamos conhecer a Cristo individualmente. Só então poderemos representá-Lo devidamente perante o mundo. Que seja esta a nossa constante prece: “Senhor, ensina-me a agir sempre como Jesus agiria em meu lugar”. Onde quer que estejamos, devemos fazer brilhar a nossa luz para a glória de Deus em boas obras. Esse é o grande, importante interesse de nossa vida. […]
Levemos avante a obra de Deus com firmeza e vigor, mas, na mansidão de Cristo, e tão discretamente quanto possível. Nenhuma ostentação humana se faça ouvir. Não se faça notar nenhum indício de presunção. Seja conhecido que Deus nos chamou para lidar com sagradas verdades; preguemos a Palavra, sejamos diligentes, sinceros, fervorosos (Testemunhos Para a Igreja, vol. 6, p. 119, 121, 122).

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O potencial missionário do lar

Porque tive fome, e Me destes de comer; tive sede, e Me destes de beber; era forasteiro, e Me hospedastes. Mateus 25:35
A missão do lar estende-se para além do círculo de seus membros. O lar cristão deve ser uma lição prática, ilustrando a excelência dos princípios verdadeiros da vida. Semelhante exemplo será no mundo uma força para o bem. Muito mais poderosa do que qualquer sermão pregado é a influência de um verdadeiro lar, no coração e na vida. […]
Há muitos outros para quem nossa família pode tornar-se uma bênção. Nossas recreações sociais não deveriam ser ditadas pelos costumes do mundo, mas pelo Espírito de Cristo e pelos ensinos de Sua Palavra. Em todas as suas festas, os israelitas admitiam os pobres, os estrangeiros e os levitas. Os levitas eram, ao mesmo tempo, ajudantes do sacerdote no santuário, mestres de religião e missionários. Todos esses eram considerados hóspedes do povo, recebendo hospitalidade durante as festas sociais e religiosas, sendo atendidos carinhosamente em suas enfermidades e necessidades. Devemos acolher em nosso lar pessoas assim. Quanto esse acolhimento não alegraria e daria ânimo ao enfermeiro ou missionário, à mãe carregada de cuidados e trabalhos árduos, ou às pessoas fracas e idosas, que vivem muitas vezes sem lar, lutando com a pobreza e com tantos desalentos!
“Quando deres um jantar ou uma ceia, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos; para não suceder que eles, por sua vez, te convidem e sejas recompensado. Antes, ao dares um banquete, convida os pobres aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos” (Lc 14:12-14).
Esses são hóspedes que não nos custará muito receber. Não é necessário dispensar-lhes uma hospedagem cara e elaborada. O calor das boas-vindas, um assento na sala de visitas, o privilégio de compartilhar da bênção do culto familiar serão para muitos desses pobres como uma antecipação do Céu.
Nossas simpatias devem transbordar para além de nós mesmos e do círculo de nossa família. Há preciosas oportunidades para os que desejam fazer de seu lar uma bênção para outros. A influência social é uma força maravilhosa (A Ciência do Bom Viver, p. 352-354).

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Lares onde os anjos habitam

Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos. Hebreus 13:2
Podemos ter a salvação de Deus em nossa família; mas, para isso, devemos não apenas crer, como também viver por ela, tendo uma contínua e persistente fé e confiança em Deus. A restrição que a Palavra de Deus nos impõe visa a nosso interesse. Aumenta a felicidade de nossa família e a de todos os que nos cercam. Refina-nos o gosto, santifica-nos o juízo, traz paz de espírito e, afinal, a vida eterna. Os anjos ministradores de Deus vão permanecer em nosso lar. Com alegria, eles levarão ao Céu as novas de nosso avanço na vida divina, e o anjo relator fará um relatório alegre e feliz.
O Espírito de Cristo será uma influência permanente na vida do lar. Se os homens e as mulheres abrirem o coração à influência celestial da verdade e do amor, esses princípios novamente brotarão como correntes no deserto, a tudo refrescando e fazendo com que o frescor apareça onde agora há aridez e escassez.
A negligência do dever de educar os filhos e cultivar a piedade na família é completamente desagradável a Deus. Se um de seus filhos estivesse em risco iminente de afogar-se, que alvoroço isso causaria! Quantos esforços se empenhariam, quanta prece se faria e que atividade se desenvolveria, a fim de salvar-lhe a vida! Mas aí estão seus filhos, sem Cristo e sem a salvação. É possível que, pela sua rispidez e falta de educação, sejam até uma vergonha para a causa adventista. Estão em risco de se perderem, vivendo sem esperança e sem Deus no mundo, e vocês continuam descuidosos e indiferentes. […]
Pais e mães: cada manhã e noite, reúnam os filhos ao redor de si e, com humilde petição, elevem a Deus o coração, suplicando-Lhe auxílio. Seus queridos estão expostos à tentação. Contratempos diários atravessam o caminho dos jovens e idosos. Os que quiserem viver vida paciente, amorosa e alegre precisam orar. Só recebendo auxílio constante de Deus poderemos alcançar a vitória sobre o próprio eu. […]
Pela sincera e fervorosa oração, os pais devem construir um muro em torno dos filhos. Devem suplicar, com plena fé, que Deus habite entre eles e santos anjos os guardem, a eles e aos filhos, do poder cruel de Satanás

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O pai

E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. Efésios 6:4
O marido e pai é a cabeça da família. A esposa espera dele amor e interesse, bem como auxílio na educação dos filhos, e isso é justo. Os filhos pertencem-lhe, da mesma maneira que a ela, e sua felicidade igualmente o interessa. Os filhos esperam do pai apoio e guia. Cumpre-lhe ter justa concepção da vida e das influências e associações que devem rodear sua família. Ele deve ser regido, acima de tudo, pelo amor e temor de Deus, e pelos ensinos de Sua Palavra, a fim de lhe ser possível guiar os pés dos filhos no caminho reto.
O pai é o legislador da família. Como Abraão, deve fazer da lei de Deus a regra de sua casa. Deus disse de Abraão: “Porque Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa” (Gn 18:19). Não haveria pecaminosa negligência em restringir o mal, nada de favoritismo fraco, imprudente, cheio de condescendência; nada de ceder sua convicção do dever aos reclamos de enganosa afeição. Abraão não somente dava a instrução devida, mas mantinha a autoridade de leis justas e retas. Deus nos deu regras para nossa direção. As crianças não devem ter permissão de desviar-se da segura vereda estabelecida na Palavra de Deus para caminhos que levam a perigos, os quais se acham abertos de todos os lados. Bondosamente, mas com firmeza, com perseverante esforço secundado de oração, seus maus desejos devem ser refreados, reprimidas suas inclinações.
Cumpre ao pai fortalecer na família as austeras virtudes – energia, integridade, honestidade, paciência, ânimo, diligência e utilidade prática. O que exige de seus filhos deve ele mesmo praticar, ilustrando essas virtudes na própria conduta varonil.
Pais, não desanimem seus filhos. Combinem o afeto com a autoridade, a bondade e simpatia com a firme restrição. Dediquem a seus filhos algumas de suas horas de lazer; relacionem-se com eles; associem-se com eles em seus trabalhos e em suas brincadeiras e captem sua confiança. Cultivem a amizade com eles, especialmente os meninos. Tornem-se para eles, assim, uma forte influência para o bem. […]
Em certo sentido, o pai é o sacerdote da família, depondo sobre seu altar o sacrifício matutino e vespertino. No entanto, a mulher e os filhos devem unir-se à oração e aos cânticos de louvor (A Ciência do Bom Viver, p. 390-392).

sábado, 9 de setembro de 2017

Torne o cristianismo atraente

Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa. 1 Pedro 3:1
Quando Cristo está no coração, Ele é introduzido na família. Pai e mãe sentem a importância de viver em harmonia com o Espírito Santo, de maneira que os anjos celestiais, que ministram aos que devem herdar a salvação, ministrarão para eles como mestres que são no lar, educando-os e preparando-os para a obra de ensinar os filhos. É possível ter no lar uma pequena igreja que honre e glorifique ao Redentor.
Torne a vida cristã atrativa. Fale do país onde os seguidores de Cristo irão fazer sua morada. Ao proceder assim, Deus guiará Seus filhos em toda a verdade, enchendo-os com o desejo de se prepararem para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam.
Não devem os pais compelir os filhos a ter uma religião formal, mas devem pôr diante deles os princípios eternos numa luz atrativa.
Os pais devem tornar a religião de Cristo atrativa pela alegria, pela cortesia cristã e por simpatia terna e compassiva; mas devem ser firmes no exigir respeito e obediência. Princípios retos devem ser estabelecidos no espírito da criança.
Precisamos apresentar aos jovens um incentivo para o reto proceder. Prata e ouro não são suficientes para isto. Revelemos-lhes o amor, misericórdia e graça de Cristo, a preciosidade de Sua Palavra, e a alegria de quem triunfa. Em esforços dessa natureza, vocês fazem uma obra que perdurará ao longo da eternidade.
Alguns pais, embora professem ser religiosos, não apresentam aos filhos o fato de que Deus deve ser servido e obedecido, de que a conveniência, o prazer ou inclinação não devem interferir com o que Ele pede deles. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sl 111:10). Esse fato deve estar entretecido na própria vida e caráter. A correta concepção de Deus mediante o conhecimento de Cristo, que morreu para que pudéssemos ser salvos, deve ser impressa na mente deles

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

O exemplo dos pais

Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Efésios 6:1
A melhor maneira de ensinar os filhos a respeitar os pais é dando a eles a oportunidade de ver o pai prestar terna atenção à mãe e esta mostrar respeito e reverência pelo pai. Ao contemplar o amor entre seus pais, os filhos são levados a obedecer ao quinto mandamento e a aceitar a ordem: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 6:1-3).
Quando os filhos têm pais descrentes, e as ordens deles contrariam as orientações de Cristo, esses filhos devem obedecer a Deus e deixar com Ele as consequências, por mais difícil que isso seja. O Senhor endossou expressamente o dever dos filhos honrarem o pai e a mãe. Na medida de sua oportunidade e capacidade, devem importar-se bondosamente com os pais. Esse mandamento aos filhos é o primeiro dos seis preceitos que revelam nosso dever para com os outros. Entretanto, embora os filhos recebam a ordem de obedecer aos pais, estes também são instruídos a exercer sua autoridade com sabedoria. Paulo escreve: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef 6:4). Os pais devem ter grande cuidado para não tratar os filhos de um modo que provoque obstinação, desobediência e rebelião. Com frequência, os pais despertam as piores emoções do coração humano por causa da falta de autocontrole. Corrigem os filhos com espírito de ira e acabam confirmando nestes os maus caminhos e o espírito desafiador, em vez de influenciá-los ao caminho correto. Por causa de seu espírito arbitrário, colocam os filhos sob a influência de Satanás, em vez de resgatá-los das armadilhas do inimigo pela bondade e pelo amor. Como é triste perceber que tantos pais, que professam ser cristãos, não são convertidos! Cristo não habita no coração deles pela fé. Embora professem ser seguidores de Jesus, despertam a repugnância dos filhos e, por causa de seu temperamento violento e não perdoador, os tornam avessos a toda forma de religião. Não é de se espantar que os filhos fiquem frios e rebeldes aos pais. No entanto, os filhos não são desculpados da desobediência por causa dos modos profanos dos pais.
Ah, se toda família que professa ser consagrada a Deus de fato o fosse em atos e palavras! Então Cristo seria representado na vida do lar, pais e filhos o representariam na igreja e quanta felicidade existiria! (Review and Herald, 15 de novembro de 1892).

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Membros da família real

Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no Céu como sobre a terra. Efésios 3:14, 15
Somos filhos do Rei celestial, membros da família real, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo. Só receberão as mansões que Jesus foi preparar aqueles que forem fiéis e puros, que amarem Suas palavras e lhes obedecerem. Nas mansões lá do alto, nos encontraremos para nunca mais nos separar. Reconheceremos uns aos outros em nossa morada celestial. Contudo, a fim de desfrutar a alegria eterna, devemos cultivar a religião dentro do lar, pois este deve ser o centro da mais pura e elevada afeição. A paz, a harmonia, o afeto e a felicidade devem ser nutridos com perseverança todos os dias, até que essas preciosas virtudes permaneçam no coração dos que compõem a família.
A planta do amor precisa ser nutrida com cuidado, caso contrário, morrerá. Todo bom princípio necessita ser cultivado para que consiga prosperar dentro do coração. Aquilo que Satanás planta no coração – inveja, ciúmes, pensamentos maus, palavras perversas, impaciência, preconceito, egoísmo, cobiça e vaidade – deve ser arrancado pela raiz. Caso se permita que essas coisas permaneçam na alma, elas darão fruto, contaminando a muitos. Quantos há que cultivam plantas venenosas, que matam os frutos preciosos e profanam a alma! Alguns dos que acariciam o mal acham que se preocupam com os perdidos. Professam em público seu amor por Deus, mas não veem necessidade de arrancar as ervas daninhas do jardim do coração, de retirar todas as plantas feias e profanas, de permitir que os raios do Sol da Justiça brilhem dentro do templo da alma. Não conhecem a Jesus. Não sabem o que é ser um cristão prático, ou seja, semelhante a Cristo.
Há necessidade de oração, de fé genuína, de esforço paciente e incansável para batalhar contra toda disposição maléfica, a fim de que até mesmo nossos pensamentos se sujeitem a Cristo. Aquilo que torna o caráter amável dentro do lar é o mesmo que o fará amável nas mansões celestiais. A medida do cristianismo é aferida pelo caráter de sua vida doméstica. A graça de Cristo permite quem a possui transformar o lar em um lugar feliz, repleto de paz e descanso. Você só será de Cristo e verá os santos remidos de Seu reino, os quais serão um com Ele no Céu de júbilo, se tiver Seu Espírito. Deus deseja consagrá-lo a Ele por completo e torná-lo representante de Seu caráter dentro do círculo do lar (Signs of the Times, 14 de novembro de 1892).

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Uma luz na vizinhança

Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus. Mateus 5:16
Precisamos de mais pais e cristãos que sejam uma luz. Somos muito fechados em nós mesmos. Muitas vezes, as palavras bondosas e animadoras, o sorriso alegre são retidos de nossos filhos e das pessoas aflitas e desanimadas.
Pais, repousa sobre vocês a responsabilidade de ser portadores de luz […]. Brilhem no lar como luzes, iluminando o trilho que seus filhos têm de palmilhar. Assim fazendo, sua luz irradiará para os que estão lá fora.
Uma santa luz deveria resplandecer de todo lar cristão. O amor deve revelar-se nas ações. Deve fluir de toda a relação doméstica, mostrando-se em uma profunda bondade, em uma cortesia gentil, abnegada. Há lares em que esse princípio é praticado, lares em que Deus é adorado, e em que reina o mais verdadeiro amor. Desses lares, as orações matutinas e vespertinas sobem a Deus como incenso suave, e Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como o orvalho da manhã.
A primeira obra dos cristãos é serem unidos na família. Então a obra se deve estender a seus vizinhos de perto e de longe. Os que receberam luz precisam deixá-la irradiar em límpidos raios. Suas palavras, que demonstram o amor de Cristo, precisam ser um cheiro de vida para vida.
Quanto mais intimamente estiverem unidos os membros da família em seu dia a dia no lar, maior será a influência que pais, mães, filhos e filhas exercerão em elevar e ajudar as pessoas fora dele.
A felicidade de famílias e igrejas depende das influências domésticas. Os interesses eternos dependem do devido desempenho dos deveres desta vida. O mundo não necessita tanto de grandes mentalidades como de pessoas boas, que serão uma bênção em seu lar.
Quando a religião se manifesta no lar, sua influência será sentida na igreja e na vizinhança. […]
A verdade vivida em casa se faz sentir em serviço altruísta lá fora. Aquele que vive o cristianismo no lar será em toda parte uma brilhante luz

terça-feira, 5 de setembro de 2017

O papel do lar cristão

Vivam de maneira digna de Deus, que os chamou para o Seu reino e glória. 1 Tessalonicenses 2:12, NVI
restauração e reerguimento da humanidade começam no lar. A obra dos pais é a base de toda outra obra. A sociedade compõe-se de famílias, e é o que a façam os chefes de família. Do coração “procedem as saídas da vida” (Pv 4:23); e o coração da comunidade, da igreja e da nação é o lar. A felicidade da sociedade, o êxito da igreja e a prosperidade da nação dependem das influências domésticas.
A importância e as oportunidades da vida do lar se destacam na vida de Jesus. Aquele que veio a este mundo para ser nosso exemplo e nosso Mestre passou trinta anos como membro de uma família em Nazaré. Pouco diz a Bíblia sobre esses trinta anos, durante os quais, não houve milagres notáveis que chamassem a atenção do povo. Não houve multidões que seguissem ansiosas os passos do Senhor, ou que Lhe escutassem as palavras. Mesmo assim, durante todos esses anos, o Senhor levava a cabo Sua missão divina. Vivia como qualquer um de nós, participando da vida doméstica, a cuja disciplina Se submetia, cumprindo os deveres da mesma e tomando Sua parte nas responsabilidades. Sob a proteção do lar humilde, participando dos incidentes da sorte comum, “Jesus crescia em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2:52).
Durante todos esses anos de retiro, a vida do Senhor fluía em torrentes de compaixão e serviço ao próximo. Seu desprendimento e tolerância, Seu valor e fidelidade, Sua resistência à tentação, Sua paz inabalável e Sua doce alegria eram um contínuo estímulo. Trazia ao lar um ambiente puro e doce, e Sua vida foi qual um fermento ativo entre os elementos da sociedade. Ninguém diria houvesse feito algum milagre; não obstante, dEle saía virtude e o poder restaurador e vivificante do amor para com os tentados, enfermos e abatidos. Desde tenra idade, e sem que Se tornasse intruso, desempenhava Suas tarefas entre os demais, de maneira que, ao começar o ministério público, muitos O escutaram com prazer.
Os primeiros anos da vida do Salvador são mais que um exemplo para a juventude. São uma lição, e deveriam ser um estímulo para todo pai. […] Não há um campo de ação mais importante do que o que foi designado aos fundadores e protetores do lar. Das obras confiadas a seres humanos, nenhuma existe tão repleta de consequências de grande alcance como a obra dos pais.
A juventude e a infância de hoje é que determinam o futuro da sociedade, e o que esses jovens e essas crianças hão de ser depende do lar (A Ciência do Bom Viver, p. 349-351).

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O primeiro lar

Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. Gênesis 2:15
O lar edênico de nossos primeiros pais foi preparado para eles pelo próprio Deus. Havendo-o provido de tudo quanto o homem podia desejar, disse: “Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança” (Gn 1:26).
O Senhor Se agradou dessa última e mais nobre de todas as Suas criaturas, e designou que ela fosse o perfeito habitante de um mundo perfeito. Não era, porém, intenção Sua que ele vivesse em solidão. Disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2:18).
O próprio Deus concedeu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma “auxiliadora” – ajudadora semelhante a ele – a qual estava em condições para ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi feita de uma costela tirada do lado de Adão, significando que ela não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob seus pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como sua igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deveria existir nesta relação. “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida” (Ef 5:29). “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2:24). […]
Pais e mães que põem a Deus em primeiro lugar na família e ensinam os filhos a considerar o temor do Senhor como o princípio da sabedoria glorificam a Deus diante dos anjos e dos seres humanos, oferecendo ao mundo o espetáculo de uma família bem dirigida e bem-educada – uma família que ama e obedece a Deus e contra Ele não se rebela. Cristo não será um estranho numa família assim; seu nome lhes será familiar e o reverenciarão e glorificarão. Os anjos se deleitam numa família em que Deus reina soberano, e os filhos são ensinados a honrar a religião, a Bíblia e o Criador. Essa família tem direito à promessa: “Aos que me honram, honrarei” (1Sm 2:30). Quando o chefe de uma casa como essa sai a cumprir seus deveres cotidianos, será sempre com espírito manso e submisso, adquirido pela comunhão com Deus (O Lar Adventista, p. 25, 27, 28)

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Avançar em unidade

Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por Ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis. 2 Pedro 3:14

O Senhor deseja ver a obra da proclamação da mensagem do terceiro anjo sendo levada avante com eficiência crescente. Assim como Ele trabalhou em todas as épocas para dar vitórias a Seu povo; neste tempo, Ele deseja cumprir Seus desígnios para Sua igreja de modo triunfante. Ordena aos santos crentes que avancem unidos, indo de força para força maior, da fé a mais certeza e confiança na verdade e justiça de Sua causa.
Devemos ficar firmes qual rocha aos princípios da Palavra de Deus, lembrando-nos de que Ele está conosco para dar-nos poder para enfrentar cada novo acontecimento. Mantenhamos sempre em nossa vida os princípios da justiça, para irmos adiante de força em força em nome do Senhor. Devemos conservar extremamente sagrada a fé que foi consolidada pela instrução e aprovação do Espírito de Deus, desde nossa experiência inicial até os nossos dias. Devemos guardar cuidadosamente, como preciosíssima, a obra que o Senhor tem levado adiante por meio de Seu povo observador dos mandamentos e que, pelo poder de Sua graça, vai se tornar mais vigorosa e eficiente à medida que o tempo avança. O inimigo está procurando obscurecer o discernimento do povo de Deus e enfraquecer sua eficiência, mas, caso eles trabalhem segundo a direção do Espírito de Deus, Ele abrirá diante deles portas de oportunidade para a obra de restaurar os lugares assolados. Sua vida cristã será de constante desenvolvimento, até que o Senhor desça do Céu com poder e grande glória para pôr Seu selo de triunfo final sobre os Seus fiéis.
A obra que está perante nós é daquelas que causam tensão em toda faculdade do ser humano. Isso exigirá o exercício de vigorosa fé e vigilância constante. Por vezes, as dificuldades que teremos de enfrentar serão muito desencorajadoras. A própria grandeza da tarefa nos aterrará. Entretanto, com o auxílio de Deus, Seus servos finalmente triunfarão (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 407, 408).
Tenho sido profundamente impressionada por cenas recentemente passadas diante de mim durante a noite. Parecia estar ocorrendo em muitos lugares um grande movimento – uma obra de reavivamento. Nosso povo cerrou fileiras correspondendo ao chamado de Deus (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 402)

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A união gera força

Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! Salmo 133:1
Esperamos encontrar nossos irmãos no Céu? Se pudermos conviver com eles aqui, vivendo em paz e harmonia, poderemos, então, viver com eles lá. Porém, como poderemos estar com eles no Céu, se aqui não conseguimos viver sem lutas nem contendas contínuas? […]
Nosso coração endurecido precisa ser quebrantado. Precisamos formar uma unidade perfeita e reconhecer que fomos resgatados pelo sangue de Jesus Cristo de Nazaré. Diga cada qual para si: “Ele deu a Sua vida por mim, e quer que, ao passar eu por este mundo, revele o amor que Ele manifestou ao entregar-Se por mim.” Cristo levou sobre a cruz os nossos pecados em Seu corpo para que Deus seja justo e justificador de quem nEle crê. Há vida, vida eterna reservada para todos quantos se entregam a Cristo.
Trabalhemos com ardor em prol da união. Oremos e trabalhemos para alcançá-la. Ela nos produzirá saúde espiritual, elevação de pensamento, nobreza de caráter e mentalidade celestial, que nos capacitarão para vencer o egoísmo e as ruins suspeitas, e a ser mais do que vencedores por Aquele que nos amou e a Si mesmo Se deu por nós. Crucifiquemos o eu; consideremos os outros superiores a nós; e assim realizaremos a unidade em Cristo. Perante o universo celestial, bem como a igreja e o mundo, daremos prova indiscutível de que somos filhos e filhas de Deus. Deus será glorificado pelo nosso exemplo.
O milagre que o mundo necessita ver é o que une o coração dos filhos de Deus, uns aos outros, por um amor cristão. Precisa ver os do povo do Senhor assentados juntos nos lugares celestiais em Cristo. Não quereremos dar por nossa vida uma prova do que a verdade divina pode fazer em favor dos que O amam e servem? Deus sabe o que poderemos chegar a ser. Sabe o que a divina graça pode fazer em nosso favor, se nos tornarmos participantes da natureza divina. […]
A união é força; a divisão, fraqueza. Quando se acham unidos os que creem na verdade presente, exercem poderosa influência. Satanás compreende bem isso. Nunca se achou mais determinado do que agora para neutralizar a verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor (Conselhos Para a Igreja, p. 290, 291).

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Em busca de consenso

Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. 1 Coríntios 8:2
O Redentor do mundo conferiu grande poder a Sua igreja. Ele declara as regras a serem aplicadas em casos de demanda entre seus membros. Depois de dar claras orientações quanto à direção a seguir, Ele diz: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado nos Céus, e tudo [em matéria de disciplina da igreja] o que desligardes na Terra terá sido desligado no Céu” (Mt 18:18). Assim até a autoridade celestial ratifica a disciplina da igreja com relação a seus membros, uma vez que tenha sido seguida a regra bíblica.
A Palavra de Deus não dá licença a que uma pessoa coloque seu julgamento em oposição ao da igreja, nem lhe é permitido insistir em suas opiniões contrariamente às dela. Caso não houvesse disciplina e governo eclesiásticos, a igreja se esfacelaria; não poderia se manter unida como um corpo. Sempre há indivíduos de espírito independente, pretendendo estar certos e afirmando que Deus os têm ensinado, impressionado e guiado de modo especial. Cada um tem uma teoria particular, ideias peculiarmente suas, e cada um pretende que essas ideias estejam em harmonia com a Palavra de Deus. Cada um tem diferente teoria e fé, não obstante pretende cada um possuir luz especial de Deus. Essas pessoas separam- se da corporação e constituem, por si mesmas, uma igreja à parte. Não podem estar todas certas, mas todas pretendem ser guiadas pelo Senhor. A palavra da Inspiração não pode ser sim e não, mas sim e amém em Cristo Jesus.
Nosso Salvador acompanha Suas lições com a promessa de que, se dois ou três se unirem em pedir alguma coisa a Deus, isso lhes será feito. Cristo mostra aqui que deve haver união com outros, mesmo em nossos desejos por determinado objetivo. Grande importância é atribuída à oração feita em comum, à união de desígnios. Deus atende às orações dos indivíduos; nessa ocasião, porém, Jesus estava dando lições especiais e importantes, que deviam ser de particular influência na igreja que acabava de organizar na Terra. Deve haver acordo a respeito das coisas que desejam e pelas quais oram. Não simplesmente os pensamentos e esforços de uma só pessoa, sujeita a enganos; mas as petições devem constituir o veemente desejo de várias mentes concentradas em um ponto (Testemunhos Para a Igreja, vol. 3, p. 428, 429).

O amor de Cristo na igreja

Peço-te, não como se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. 2 João 5
Esse amor é o testemunho de seu discipulado. “Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos”, disse Jesus, “se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). Quando os seres humanos se ligam entre si, não pela força do interesse pessoal, mas pelo amor, mostram a operação de uma influência que é superior a toda influência humana. Onde existe essa unidade, é evidente que a imagem de Deus está sendo restaurada na humanidade, que foi implantada nova vida. Mostra que há na natureza divina poder para deter os sobrenaturais agentes do mal, e que a graça de Deus subjuga o egoísmo inerente ao coração natural.
Esse amor manifestado na igreja certamente vai incitar a ira de Satanás. Cristo não estabelece um caminho fácil para Seus discípulos. “Se o mundo vos odeia”, diz Ele, “sabei que, primeiro do que a vós outros, Me odiou a Mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que Eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se Me perseguiram a Mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a Minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do Meu nome, porquanto não conhecem Aquele que Me enviou” (Jo 15:18-21). O evangelho deve ser levado avante por ativa luta, em meio de oposição, perigo, prejuízo e sofrimento. Entretanto, os que fazem essa obra estão apenas seguindo os passos do Mestre. […]
Cristo Se alegrava de poder fazer mais em benefício de Seus seguidores, do que eles seriam capazes de pedir ou pensar. Falava com segurança, sabendo que fora dado, antes mesmo da fundação do mundo, um onipotente decreto. Sabia que a verdade, armada com a onipotência do Espírito Santo, havia de vencer na contenda com o mal; e a ensanguentada bandeira flutuaria triunfalmente sobre Seus seguidores. Sabia que a vida de Seus confiantes discípulos seria como a Sua, uma série de ininterruptas vitórias, que aqui não pareceriam sê-lo, mas seriam reconhecidas como tais no grande porvir. […]
Cristo não falhou nem Se desanimou, e Seus seguidores têm de manifestar uma fé assim resistente. Cumpre-lhes viver como Ele viveu e trabalhar como Ele trabalhou, pois nEle confiam como o grande Obreiro-Mestre (O Desejado de Todas as Nações, p. 678, 679).

domingo, 20 de agosto de 2017

A rede do evangelho

O reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Mateus 13:47
“O reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação dos séculos: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13:47-50).
O lançar da rede é a pregação do evangelho. Esse ato congrega na igreja bons e maus. Quando terminar a missão do evangelho, o juízo efetuará a obra de separação. Cristo viu que a existência de falsos irmãos na igreja motivaria que se falasse mal do caminho da verdade. O mundo difamaria o evangelho por causa da vida incoerente de falsos crentes. Mesmo os cristãos seriam induzidos a tropeçar, ao verem que muitos que levavam o nome de Cristo não eram governados pelo Seu Espírito. Havendo pecadores assim na igreja, as pessoas estariam em perigo de pensar que Deus lhes desculparia os pecados. Por isso, Cristo ergueu o véu do futuro e ordenou a todos que notassem que o caráter, e não a posição, é que decide o destino da humanidade.
Tanto a parábola do joio como a da rede claramente ensinam que não haverá um tempo em que todos os ímpios se converterão a Deus. O trigo e o joio crescem juntos até a ceifa. Os peixes bons e os ruins são puxados juntos para a margem, para uma separação final.
Essas parábolas ensinam que depois do juízo não haverá graça. Quando findar a obra do evangelho, imediatamente a separação de bons e maus será feita, e o destino de cada classe será fixado para sempre.
Deus não deseja a destruição de ninguém. “Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer?” (Ez 33:11). Durante todo o período da graça, Seu Espírito insta com as pessoas para que aceitem o dom da vida. Somente os que Lhe rejeitam a intercessão serão deixados a perecer. Deus declarou que o pecado precisa ser destruído como um mal nocivo ao universo. Os que se atêm ao pecado vão perecer na destruição do mesmo (Parábolas de Jesus, p. 122, 123).

sábado, 19 de agosto de 2017

A regra do Salvador

Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Mateus 5:24
Os que são designados para guardar os interesses espirituais da igreja devem ser cuidadosos em dar o exemplo devido, não dando ocasião a invejas, ciúmes ou suspeitas, manifestando sempre aquele mesmo espírito de amor, respeito e cortesia que desejam incentivar em seus irmãos. Atenção diligente deve ser dada às instruções da Palavra de Deus. Seja contida toda manifestação de animosidade ou falta de bondade, seja removida toda raiz de amargura. Quando surgem dificuldades entre irmãos, deve ser seguida à risca a regra do Salvador. Todo esforço possível deve ser feito para conseguir a reconciliação, mas se as partes persistirem obstinadamente em continuar em divergência, devem ser suspensas até que possam harmonizar-se.
Ao ocorrerem dificuldades na igreja, examine cada membro o próprio coração para ver se a causa da dificuldade não está nele. Pelo orgulho espiritual, o desejo de mandar, um ambicioso anelo de honras ou posição, falta de domínio próprio, condescendência com a paixão ou preconceito, pela instabilidade ou falta de discernimento, a igreja pode ser perturbada e sacrificada sua paz.
As dificuldades são muitas vezes causadas pelos fofoqueiros, cujas insinuações e sugestões cochichadas envenenam pessoas inocentes e separam os amigos mais íntimos. Os promotores de desordens são apoiados em sua má obra por muitos que têm os ouvidos abertos e o coração pervertido, dizendo: “Diga, e nós o espalharemos.” Esse pecado não deve ser tolerado entre os seguidores de Cristo. Nenhum pai cristão deve permitir que boatos sem fundamento sejam repetidos no círculo da família, ou feitas observações que desonrem os membros da igreja.
Devem os cristãos considerar como dever religioso reprimir um espírito de inveja ou rivalidade. Devem alegrar-se com a boa reputação ou prosperidade de seus irmãos, mesmo quando seu caráter ou realizações pareçam lançados na sombra. […]
Devemos buscar a verdadeira bondade, em vez da grandeza. Os que possuem a mente de Cristo terão opinião humilde de si mesmos. Trabalharão pela pureza e prosperidade da igreja, e estarão prontos a sacrificar os próprios interesses e desejos em vez de causar dissensão entre os irmãos (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 241, 242).

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Unam-se agora!


Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. 1 Coríntios 12:25
A união é força; a divisão, fraqueza. Quando estão unidos, os que creem na verdade presente exercem poderosa influência. Satanás compreende bem isso. Ele nunca esteve mais determinado do que agora para neutralizar a verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor.
O mundo é contra nós, as igrejas populares são contra nós, as leis da Terra em breve serão contra nós. Se já houve tempo em que o povo de Deus devesse unir-se, o tempo é agora. Deus nos confiou as verdades especiais para este tempo, a fim de as tornar conhecidas ao mundo. A última mensagem de misericórdia está sendo proclamada agora. Estamos lidando com homens e mulheres que se dirigem para o juízo. Como devemos ser cuidadosos em cada palavra e ato para seguir de perto o Modelo, a fim de que nosso exemplo leve pessoas a Cristo! Com que cuidado devemos procurar apresentar a verdade de tal modo que os outros, contemplando-lhe a beleza e simplicidade, sejam levados a recebê-la. Se nosso caráter testificar de seu poder santificador, seremos uma contínua luz aos outros – epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos. Não podemos agora correr o risco de dar lugar a Satanás, nutrindo desunião, discórdia e lutas.
A preocupação expressada na última oração de nosso Salvador pelos discípulos, antes de Sua crucifixão, foi que imperassem união e amor entre eles. Tendo diante de Si a agonia da cruz, Sua atenção não estava voltada para Si mesmo, mas para aqueles que Ele deixaria a continuar Sua obra na Terra. As provas mais severas os aguardavam; mas Jesus viu que seu perigo maior proviria de um espírito de amargura e divisão. […]
Todos os que foram beneficiados pelos trabalhos dos servos de Deus devem, segundo sua habilidade, unir-se a eles pela salvação das pessoas. Essa é a obra de todos os verdadeiros crentes, pastores e povo. Devem conservar sempre em mente o grande objetivo, buscando cada qual preencher sua devida posição na igreja, e todos trabalhando conjuntamente em ordem, harmonia e amor. […]
Não negligenciarão o empenho pelo fortalecimento e unidade da igreja. Vigiarão cuidadosamente a fim de que não seja dada oportunidade para se introduzirem diversidade e divisão (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 236, 238).

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Lidando com quem erra

Perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais Me lembrarei. Jeremias 31:34
Se ele não os atender, então, e só então, o assunto deve ser levado perante o inteiro corpo de crentes. Que os membros da igreja, como representantes de Cristo, unam-se em oração e amoráveis súplicas para que o ofensor seja restaurado. O Espírito Santo falará por meio de Seus servos, pleiteando com o errante para voltar para Deus. O apóstolo Paulo, falando por inspiração, diz: “Como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5:20). Aquele que rejeita essa tentativa realizada em conjunto rompeu o laço que o ligava a Cristo, separando-se assim da sociedade da igreja. Daí em diante, disse Jesus, “considera-o como um gentio e publicano” (Mt 18:17). Entretanto, não se deve olhar para ele como separado da misericórdia de Deus. Não seja desprezado ou negligenciado por seus antigos irmãos, mas tratado com ternura e compaixão, como uma das ovelhas perdidas a quem Cristo ainda está buscando trazer para o aprisco.
As instruções de Cristo quanto ao tratamento dos que estão em erro repetem, de maneira mais específica, o ensino dado a Israel por intermédio de Moisés: “Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo, e por causa dele, não levarás sobre ti o pecado” (Lv 19:17). Isto é, se alguém negligencia o dever que lhe é imposto por Cristo, de procurar restabelecer os que se acham em erro e pecado, torna-se participante do pecado. Somos tão responsáveis por males que poderíamos ter reprimido, como se fôssemos nós mesmos culpados da ação.
É ao que procedeu mal que nos cumpre apresentar o erro. Não devemos fazer disso assunto de comentários e críticas entre nós; nem mesmo depois de isso ter sido comunicado à igreja, achamo-nos na liberdade de o repetir aos outros. O conhecimento das faltas dos cristãos só servirá de pedra de tropeço para o mundo incrédulo. Demorando-nos sobre essas coisas, só fazemos mal a nós mesmos; pois é pela contemplação que somos transformados. Ao procurarmos corrigir os erros de um irmão, o Espírito de Cristo nos levará a resguardá-lo quanto possível até da crítica dos próprios irmãos, quanto mais de censura do mundo incrédulo. Nós mesmos somos falíveis e necessitamos da piedade e do perdão de Cristo. Da mesma forma que desejamos que nos tratem, Ele nos pede que tratemos uns aos outros (O Desejado de Todas as Nações, p. 441)

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Lidando com quem erra

Perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais Me lembrarei. Jeremias 31:34
Se ele não os atender, então, e só então, o assunto deve ser levado perante o inteiro corpo de crentes. Que os membros da igreja, como representantes de Cristo, unam-se em oração e amoráveis súplicas para que o ofensor seja restaurado. O Espírito Santo falará por meio de Seus servos, pleiteando com o errante para voltar para Deus. O apóstolo Paulo, falando por inspiração, diz: “Como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5:20). Aquele que rejeita essa tentativa realizada em conjunto rompeu o laço que o ligava a Cristo, separando-se assim da sociedade da igreja. Daí em diante, disse Jesus, “considera-o como um gentio e publicano” (Mt 18:17). Entretanto, não se deve olhar para ele como separado da misericórdia de Deus. Não seja desprezado ou negligenciado por seus antigos irmãos, mas tratado com ternura e compaixão, como uma das ovelhas perdidas a quem Cristo ainda está buscando trazer para o aprisco.
As instruções de Cristo quanto ao tratamento dos que estão em erro repetem, de maneira mais específica, o ensino dado a Israel por intermédio de Moisés: “Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo, e por causa dele, não levarás sobre ti o pecado” (Lv 19:17). Isto é, se alguém negligencia o dever que lhe é imposto por Cristo, de procurar restabelecer os que se acham em erro e pecado, torna-se participante do pecado. Somos tão responsáveis por males que poderíamos ter reprimido, como se fôssemos nós mesmos culpados da ação.
É ao que procedeu mal que nos cumpre apresentar o erro. Não devemos fazer disso assunto de comentários e críticas entre nós; nem mesmo depois de isso ter sido comunicado à igreja, achamo-nos na liberdade de o repetir aos outros. O conhecimento das faltas dos cristãos só servirá de pedra de tropeço para o mundo incrédulo. Demorando-nos sobre essas coisas, só fazemos mal a nós mesmos; pois é pela contemplação que somos transformados. Ao procurarmos corrigir os erros de um irmão, o Espírito de Cristo nos levará a resguardá-lo quanto possível até da crítica dos próprios irmãos, quanto mais de censura do mundo incrédulo. Nós mesmos somos falíveis e necessitamos da piedade e do perdão de Cristo. Da mesma forma que desejamos que nos tratem, Ele nos pede que tratemos uns aos outros (O Desejado de Todas as Nações, p. 441).

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O dever da igreja

Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus. 1 Timóteo 4:6
O  Espírito Santo é o sopro da vida espiritual na alma. A comunicação do Espírito é a transmissão da vida de Cristo. Reveste o que o recebe com os atributos de Cristo. Apenas os que são assim ensinados por Deus, os que possuem a operação interior do Espírito, em cuja vida se manifesta a vida de Cristo, devem-se colocar como homens representativos para servir em favor da igreja.
“Aqueles a quem perdoardes os pecados”, disse-lhes Cristo, “são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos” (Jo 20:23, ARC). Cristo não dá aqui permissão para qualquer pessoa julgar a outros. No Sermão do Monte, Ele proíbe essa atitude. É uma prerrogativa de Deus. Sobre a igreja em sua qualidade de corpo organizado, porém, Ele coloca uma responsabilidade para com os membros individuais. A igreja tem o dever, para com os que caem em pecado, de advertir, instruir e, se possível, restaurar. “Quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta”, diz o Senhor, “com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4:2). Lide fielmente com os que fazem mal. Advirta qualquer pessoa que se ache em perigo. Não deixe que ninguém engane a si mesmo. Chame o pecado pelo seu verdadeiro nome. Declare o que Deus disse com relação à mentira, à transgressão do sábado, ao roubo, à idolatria e a todos os outros males. “Não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gl 5:21). Se eles persistirem no pecado, o juízo que tiver declarado segundo a Palavra de Deus é sobre eles proferido no Céu. Preferindo pecar, renunciam a Cristo; a igreja deve mostrar que não sanciona seus atos, do contrário, ela própria desonra ao Senhor. Deve dizer a respeito do pecado o mesmo que declara o Senhor. Trate o pecado segundo as instruções divinas, e sua ação será ratificada no Céu. Aquele que desdenha a autoridade da igreja, na verdade, despreza a autoridade do próprio Cristo.
Há, porém, na questão, um aspecto mais feliz. “Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados” (Jo 20:23, ARC). Seja, acima de tudo, conservado esse pensamento. No trabalho em prol dos que se acham em erro, dirija todo olhar para Cristo. […]
Seja o arrependimento do pecador aceito pela igreja com coração agradecido. Conduza-se o arrependido da treva da incredulidade para a luz da fé e da justiça. Coloque-se sua trêmula mão na amorável mão de Jesus. Essa remissão é ratificada no Céu (O Desejado de Todas as Nações, p. 805, 806).

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Vazio de si mesmo

Convém que Ele cresça e que eu diminua. João 3:30.
Olhando com fé para o Redentor, João erguera-se às alturas da abnegação. Não buscava atrair as pessoas a si mesmo, mas erguer-lhes o pensamento mais e mais alto, até que repousasse no Cordeiro de Deus. Ele próprio não passara de uma voz, um clamor no deserto. Agora, aceitava com alegria o silêncio e a obscuridade, para que os olhos de todos se voltassem para a Luz da vida.
Os que são fiéis à vocação de mensageiros de Deus não buscarão honra para si mesmos. O amor ao próprio eu será absorvido pelo amor a Cristo. Nenhuma rivalidade manchará a preciosa causa do evangelho. Reconhecerão que sua obra é proclamar, como João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1:29). Exaltarão a Jesus e, com Ele, será a humanidade exaltada. “Assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Is 57:15).
O coração do profeta, vazio de si mesmo, encheu-se da luz divina. Ao testificar da glória do Salvador, suas palavras eram quase iguais às do próprio Cristo em Sua entrevista com Nicodemos. João disse: “Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da Terra é terreno e fala da Terra; quem veio do Céu está acima de todos. […] Pois o enviado de Deus fala as palavras dEle, porque Deus não dá o Espírito por medida” (Jo 3:31, 34). Cristo pôde dizer: “Não procuro a Minha vontade, e sim a dAquele que Me enviou” (Jo 5:30). DEle é dito: “Amaste a justiça e odiaste a iniquidade” (Hb 1:9). […]
O mesmo se dá quanto aos seguidores de Cristo. Só podemos receber da luz do Céu à medida que formos voluntários em nos esvaziar do próprio eu. Não podemos discernir o caráter de Deus nem aceitar a Cristo pela fé, a menos que consintamos em levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo. A todos quantos assim fazem, o Espírito Santo é dado sem medida (O Desejado de Todas as Nações, p. 179-181).

domingo, 30 de julho de 2017

Efeitos da gratidão e do louvor

O temor do Senhor é fonte de vida. Provérbios 14:27
Nada promove mais a saúde do corpo e da mente do que um espírito de gratidão e louvor. É um claro dever resistir à melancolia, às ideias e sentimentos de descontentamento – dever tão grande como é orar. Se nos destinamos ao Céu, como poderemos ir qual bando de lamentadores, gemendo e queixando-nos por todo o caminho rumo à casa de nosso Pai?
Os professos cristãos que estão sempre se queixando, e que parecem julgar que a alegria e a felicidade são um pecado, não possuem genuína religião. Os que encontram um funesto prazer em tudo que é melancolia no mundo natural; que preferem olhar às folhas mortas em vez de colher as belas flores vivas; que não veem beleza nas elevações das grandes montanhas e nos vales revestidos de luxuriante verdor; que fecham os sentidos à jubilosa voz que lhes fala na natureza e é doce e harmoniosa ao ouvido atento – estes não estão em Cristo. Estão colhendo para si mesmos tristezas e sombras, quando poderiam ter esplendor, o próprio Sol da Justiça surgindo-lhes no coração e trazendo saúde em Seus raios.
Seu espírito ficará frequentemente abatido por causa do sofrimento. Então, tente não pensar. Saiba que Jesus o ama. Ele compreende sua fraqueza. Pode fazer Sua vontade com o simples repousar em Seus braços.
É uma lei da natureza que nossas ideias e sentimentos sejam animados e fortalecidos ao lhes darmos expressão. Embora as palavras exprimam pensamentos, também é verdade que os pensamentos seguem as palavras. Se exprimíssemos mais a nossa fé e nos alegrássemos mais nas bênçãos que sabemos possuir – a grande misericórdia e o amor de Deus – teríamos mais fé e maior alegria. Língua alguma pode traduzir, nenhuma mente pode conceber a bênção que resulta de apreciar a bondade e o amor de Deus. Mesmo na Terra, podemos fruir alegria como uma fonte inesgotável, porque se nutre das correntes que emanam do trono de Deus.
Eduquemos, pois, o coração e os lábios a entoar o louvor a Deus por Seu incomparável amor. Eduquemos a mente a ter esperança, e a permanecer na luz que irradia da cruz do Calvário. Nunca devemos nos esquecer de que somos filhos do Rei celestial, filhos e filhas do Senhor dos Exércitos. É nosso privilégio manter um calmo repouso em Deus (A Ciência do Bom Viver, p. 251-253).

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Aliste-se no exército de Cristo


Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos. Apocalipse 7:9
Por serem filhos e filhas de Deus, os cristãos precisam lutar para alcançar o elevado ideal a eles apresentado pelo evangelho. Não devem se contentar com nada menos que a perfeição. […]
Torne a santa Palavra de Deus seu objeto de estudo, introduzindo em sua vida os santos princípios divinos. Ande diante de Deus em mansidão e humildade, corrigindo diariamente suas faltas. Não permita que o orgulho egoísta o separe de Deus. Não acaricie o sentimento de elevada supremacia, julgando-se melhor que os outros. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1Co 10:12). Paz e descanso sobrevirão quando você levar sua vontade em sujeição à de Cristo. Então o amor de Cristo reinará no coração, subjugando ao Salvador as fontes secretas de ação. O temperamento precipitado, facilmente despertado, será sensibilizado e subjugado pela unção da graça de Cristo. A sensação de que os pecados foram perdoados traz paz que excede todo entendimento. Segue-se um ávido esforço para vencer tudo aquilo que se opõe à perfeição cristã. A dissensão desaparecerá. Aqueles que, no passado, encontravam defeito nos outros a seu redor verão que falhas muito maiores existem no próprio caráter.
Há pessoas que ouvem a verdade e se convencem de que viviam em oposição a Cristo. Sentem a condenação e se arrependem de suas transgressões. Confiando nos méritos de Cristo, exercem fé verdadeira nEle e recebem o perdão pelos pecados. À medida que cessam de fazer o mal e aprendem a fazer o bem, crescem na graça e no conhecimento de Deus. Veem que precisam se sacrificar a fim de separar-se do mundo. Depois de calcular o preço, consideram tudo como perda a fim de ganharem a Cristo. Alistam-se no exército de Jesus. A luta está diante deles, e nela se engajam com bravura e alegria. Combatem suas inclinações naturais e seus desejos egoístas, levando a vontade própria em sujeição à de Cristo. Diariamente pedem graça ao Senhor para Lhe obedecer. Assim são fortalecidos e ajudados. Essa é a verdadeira conversão. Em grata e humilde submissão, aqueles que receberam um novo coração confiam no auxílio de Cristo. Revelam na vida os frutos da justiça. No passado, amavam a si mesmos. Os prazeres mundanos eram seu deleite. Agora o ídolo é destronado, e Deus reina com supremacia (Mensagens aos Jovens, p. 73, 74).

Jesus, o justo Juiz

Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas coi...