domingo, 30 de abril de 2017

Uma posição acima dos anjos

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu trono, assim como também Eu venci e Me sentei com Meu Pai no Seu trono. Apocalipse 3:21
Cristo suportou a cruz por causa da alegria que Lhe era proposta. […] Morreu na cruz como sacrifício em favor do mundo e, por meio desse sacrifício, temos acesso à maior bênção que Deus poderia conceder: o dom do Espírito Santo. Essa bênção é para todos que aceitarem a Cristo. O mundo caído é o campo de batalha para o maior conflito que o universo celestial e os poderes terrenos já presenciaram. Ele foi designado para ser a arena na qual se travaria a grande luta entre o bem e o mal, entre Céu e inferno. Todo ser humano desempenha uma parte nesse conflito. Ninguém pode permanecer em terreno neutro. Todos devem aceitar ou rejeitar o Redentor do mundo. Todos são testemunhas, a favor ou contra Cristo. Jesus convoca aqueles que se posicionam sob Seu estandarte a se engajar no conflito com Ele como soldados fiéis, a fim de herdarem a coroa da vida. Foram adotados como filhos e filhas de Deus. Cristo lhes deixou a promessa certa de que será grande o galardão no reino dos Céus para aqueles que participarem de Sua humilhação e de Seu sofrimento em nome da verdade.
A cruz do Calvário desafia, e finalmente vencerá, todo poder terrestre e infernal. Toda influência centraliza-se na cruz, e dela promana toda influência. Ela é o grande centro de atração, pois nela Cristo deu a vida pela humanidade. Esse sacrifício foi oferecido com a finalidade de restaurar o homem a sua perfeição original. E mais: foi oferecido para dar-lhe completa transformação de caráter, tornando-o mais do que vencedor. Aqueles que, na força de Cristo, vencem o grande inimigo de Deus e da humanidade ocuparão, nas cortes celestiais, uma posição superior à dos anjos que nunca caíram. […]
No plano de Deus, todas as riquezas do Céu devem ser fruídas pelos seres humanos. No depósito de recursos divinos, nada é considerado muito dispendioso para acompanhar a grande dádiva do Filho unigênito de Deus. […] “A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no Seu nome” (Jo 1:12). Cristo foi habilitado a infundir o fôlego da vida na humanidade caída. Os que O recebem nunca terão fome, nunca terão sede; pois não pode haver maior alegria do que a que se encontra em Cristo (Exaltai-O, p. 254, 231).

Fale sobre as bênçãos de Deus

Tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos. Lucas 22:32
A fé familiariza a pessoa com a existência e a presença de Deus e, vivendo com olhar dirigido apenas para a glória divina, cada vez mais discerniremos a beleza de Seu caráter, a excelência de Sua graça. Nossa alma torna-se forte em poder espiritual, pois respiramos a atmosfera do Céu. […] Ascendemos acima do mundo, contemplamos Aquele que é o primeiro entre dez mil, totalmente desejável (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 335).
Todo aquele que ama a Deus deve testificar da preciosidade de Sua graça e verdade. Os que recebem a luz da verdade devem receber lição após lição que os ensine a não ficar em silêncio, mas a falar [a respeito dela] aos outros muitas vezes. Devem ter em mente as reuniões de sábado, quando os que amam a Deus e O temem, e meditam em Seu nome, têm a oportunidade de expressar seus pensamentos ao falar uns com os outros. […]
A Majestade do Céu identifica os Seus interesses com os dos crentes, não importa quão humildes possam ser as condições que os cercam. E quando quer que tenham o privilégio de se reunir, é apropriado que falem uns com os outros, dando expressão à gratidão e ao amor, que é o resultado de pensarem no nome do Senhor. Assim Deus será glorificado quando atentar e ouvir, e a reunião de testemunho será considerada a mais preciosa de todas as reuniões; pois as palavras proferidas serão registradas no livro de memórias. […]
Não deem alegria ao inimigo demorando-se no lado escuro de sua experiência. Confiem em Jesus mais plenamente para serem ajudados a resistir à tentação. Se pensássemos e falássemos mais sobre Cristo e menos acerca de nós mesmos, poderíamos ter muito mais de Sua presença. Se estivermos nEle, seremos tão cheios de paz, fé e coragem e teremos uma experiência tão vitoriosa para contar quando nos reunirmos, que outros ficarão revigorados pelo nosso claro e forte testemunho em favor de Deus. Esses preciosos testemunhos de louvor e glória à graça de Deus, quando sustentados por uma vida semelhante à de Cristo, têm irresistível poder, o qual atua para salvação de pessoas. O lado brilhante e feliz da religião será representado pelos que diariamente se consagram a Deus. Não devemos desonrar o Senhor por nos referirmos com lamentos a provas que parecem penosas. Todas as provações recebidas como fonte de instrução produzirão alegria. Toda a vida religiosa será fonte de edificação, enlevo e nobreza, perfumada com boas palavras e obras (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4, p. 1305).

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Olhe para o alto

Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos. Hebreus 12:12
A igreja, dotada com a justiça de Cristo, é Sua depositária, nela se devendo revelar as riquezas de Sua misericórdia, Sua graça em plena e final manifestação. Cristo considera Seu povo, em sua pureza e perfeição, como a recompensa de Sua humilhação, e o suplemento de Sua glória – sendo Ele mesmo o grande Centro, de quem toda a glória irradia (O Desejado de Todas as Nações, p. 680).
Todo o Céu se interessa na obra que está sendo feita no mundo, que é preparar homens e mulheres para a futura vida imortal. É desígnio divino que instrumentos humanos se sintam honrados ao serem chamados a cooperar com Cristo na salvação de pessoas. […] Devem olhar para a obra de Deus como uma atividade sagrada e santa e levar-lhe cada dia ofertas de alegria e gratidão, em retribuição ao poder de Sua graça pela qual são habilitados a progredir na vida espiritual. […]
Não há necessidade de que alguém se deixe vencer pelas tentações de Satanás, violentando assim sua consciência e entristecendo o Santo Espírito de Deus. Na Palavra de Deus, foram feitas todas as provisões para que o auxílio divino seja dispensado a cada um que se esforce por vencer. […]
Na vida religiosa de cada pessoa que aspira à vitória, sobrevêm incidentes terrivelmente embaraçosos e difíceis; mas o conhecimento da Escritura a ajudará a evocar as animadoras promessas de Deus que lhe fortalecerão o coração e robustecerão a fé no poder do Todo-poderoso. Lê-se nela: […] “Para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” […] (1Pe 1:7). A prova da fé é mais preciosa do que o ouro. Todos devem saber que isso constitui uma parte da disciplina na escola de Cristo. […]
Reúna todas as suas energias para elevar os olhos e não deixá-los pousar nas dificuldades. Assim fazendo, você jamais fraquejará em sua vida. Em breve, haverá de ver a Jesus por trás da nuvem, estendendo a mão para ajudá-lo; e tudo o que restará fazer será estender-lhe sua fé simples, e permitir-Lhe que o guie. […] Um grande nome entre os seres humanos é como letras rabiscadas na areia; mas um caráter puro é de duração eterna. Deus dotou você de inteligência e raciocínio para compreender Suas promessas; e Jesus quer ajudá-lo a formar um caráter sólido e equilibrado (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 573, 574, 578, 579).

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Coroas e vestes

O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas. Apocalipse 3:5
Cada um de nós sabe que há um poder cooperando com nossos esforços para vencermos. Por que as pessoas não lançarão mão do auxílio que foi providenciado a fim de que elas se tornem elevadas e enobrecidas? Por que se degradam pela satisfação do apetite pervertido? Por que não se levantam na força de Jesus e são vitoriosas em Seu nome? Jesus ouvirá até mesmo a oração mais fraca que fizermos. Ele Se compadece da fraqueza de cada pessoa. A ajuda tem sido concedida para cada um por intermédio dAquele que é poderoso para salvar. Indico a vocês Jesus Cristo, o Salvador do pecador, que é o único que pode dar a todos nós o poder para vencer em qualquer dificuldade.
O Céu vale tudo para nós. Não devemos nos arriscar de maneira alguma nesse sentido. Não devemos colocá-lo em jogo. Precisamos saber que nossos passos são ordenados pelo Senhor. Que Deus nos ajude na grande obra de vencer. Ele tem coroas para os que vencerem. Tem vestidos brancos para os justos. Tem um mundo eterno de glória para os que buscam glória, honra e imortalidade. Todo aquele que entrar na cidade de Deus entrará ali como vencedor. Não entrará nela como criminoso condenado, mas como filho de Deus. Estas serão as boas- vindas dadas a todo aquele que lá entrar: “Vinde, benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34).
De boa vontade, eu diria palavras que animassem as pessoas vacilantes a se firmarem, pela fé, no poderoso Ajudador, a fim de desenvolverem um caráter que Deus Se agrade de contemplar. O Céu pode convidá-las, apresentando-lhes as mais preciosas bênçãos, e elas podem ter toda facilidade de desenvolver caráter perfeito; mas tudo será em vão, caso não ajudem a si mesmas. Precisam aplicar as faculdades concedidas a elas por Deus, ou submergirão cada vez mais, e não serão de nenhum valor para o bem, nem agora nem na eternidade (Temperança, p. 114, 115).
Todos aqueles que estão enfraquecidos, e até mesmo degenerados pela condescendência com o pecado, podem se tornar filhos de Deus. Está a seu alcance fazer sempre o bem para os outros e ajudá-los a vencer a tentação; ao fazê-lo, eles próprios colherão os benefícios. Podem ser luzes claras e resplandecentes no mundo, para afinal ouvir a bênção dos lábios do Rei da glória: “Muito bem, servo bom e fiel” (Mt 25:21) (Christian Temperance and Bible Hygiene, p. 149).

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Vitória sobre as provações

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo. 1 Pedro 4:12
Nesta época de provação, precisamos nos animar e confortar mutuamente. As tentações de Satanás são maiores agora do que nunca, pois ele sabe que o seu tempo é curto e que, muito em breve, todos os casos estarão decididos, ou para a vida ou para a morte. Não é tempo de nos deixarmos vencer pelo desânimo nem de sucumbir às provações; devemos resistir a todas as nossas aflições e confiar inteiramente no todo-poderoso Deus de Jacó. O Senhor me mostrou que sua graça é suficiente em todas as nossas provações; e, mesmo que sejam maiores do que nunca, podemos vencer toda tentação, se retivermos absoluta confiança em Deus e, pela Sua graça, sairemos vitoriosos.
Se vencermos as provações e ganharmos a vitória sobre as tentações de Satanás, suportaremos então a prova de nossa fé, que é mais preciosa do que o ouro, e ficaremos mais fortes e mais bem preparados para enfrentar a provação seguinte. Entretanto, se vacilarmos e cedermos às tentações de Satanás, ficaremos mais fracos, não alcançaremos recompensa pela prova, nem estaremos tão bem preparados para a próxima. Dessa maneira, nós vamos nos tornar cada vez mais fracos, até sermos levados em cativeiro por Satanás, à sua vontade. Devemos estar revestidos de toda a armadura de Deus e prontos, a cada momento, para resistir ao conflito com os poderes das trevas. Quando nos assaltarem tentações e provações, devemos ir a Deus para, com verdadeira agonia de alma, orarmos a Ele. Deus não nos despedirá vazios, mas nos dará graça e força para vencer e quebrar o poder do inimigo. Que todos pudessem ver essas coisas na sua verdadeira luz, suportando as agruras como bons soldados de Cristo! Então Israel avançaria, forte em Deus, na força de Seu poder.
Deus me mostrou que Ele tinha dado a Seu povo uma taça amarga para beber, a fim de os purificar e limpar. É um gole amargo; e eles o podem tornar ainda mais amargo murmurando, queixando-se e lamentando-se. Aqueles, porém, que o recebem assim, precisam de outro gole, pois o primeiro não produz sobre o coração o efeito que era necessário. E se o segundo não efetuar o trabalho, precisarão então de outro, e outro, até que haja produzido o devido efeito, ou eles serão deixados sujos e impuros de coração. Vi que essa amarga taça pode ser adoçada pela paciência, perseverança e oração, e que terá o efeito desejado sobre o coração daqueles que assim a recebem, e Deus será honrado e glorificado (Primeiros Escritos, p. 46, 47).

terça-feira, 25 de abril de 2017

Vitória pelos méritos de Cristo

Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 1 Coríntios 15:22
A um imenso custo fomos colocados em posição altamente vantajosa, na qual podemos ser libertos da escravidão do pecado, ocasionada pela queda de Adão. […] Jamais poderemos entender o valor do ser humano, até que compreendamos o grande sacrifício feito pela redenção humana no Calvário. O pecado de Adão no Éden mergulhou a humanidade em desesperançada desgraça. Entretanto, no plano da salvação, providenciou-se uma via para que todos escapem, se cumprirem os requisitos. Foi concedida uma segunda oportunidade pelo sacrifício do Filho de Deus. Temos uma batalha a travar, mas podemos sair vitoriosos pelos méritos do sangue de Cristo.
Deus viu que, para nós, era impossível vencer e obter a vitória por nossa força. O ser humano tem enfraquecido a cada sucessiva geração desde a queda, e, sem o auxílio de Cristo, não podemos resistir ao mal da intemperança. Como deveríamos ser gratos por termos um Salvador, por Ele deixar Seus trajes reais e o trono, revestir Sua divindade com a humanidade e tornar-se um Homem de dores, que sabe o que é sofrer. […]
Após Seu batismo, Ele foi levado pelo Espírito ao deserto e tentado pelo diabo. Cristo começou a obra da redenção exatamente onde se iniciou a ruína, e o bem-estar futuro do mundo dependia da batalha travada pelo Príncipe da vida no deserto. Sejam dadas graças a Deus porque Ele saiu vitorioso, passando pelo mesmo terreno em que Adão caíra e redimindo o infeliz fracasso de Adão. Satanás deixou o campo de batalha como um inimigo derrotado. Essa vitória é a garantia de que, com o auxílio divino, podemos sair vitoriosos em nosso favor no conflito com o inimigo. […]
Satanás achava que todo o poder deste planeta caído estava em suas mãos; mas, quando Cristo veio medir forças com o príncipe das trevas, Satanás encontrou Alguém capaz de resistir às suas tentações. As palavras de Cristo são: “Aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em Mim” (Jo 14:30). […] Todo o Céu observava o resultado do conflito entre Cristo e Satanás. […] A pergunta, agora, é: Tiraremos vantagem da situação e sairemos mais do que vencedores por meio dAquele que nos amou? (Cristo Triunfante, p. 215).

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Compartilhe o que receber


Deus [...] nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. 2 Coríntios 1:3, 4
Deus está sempre pronto a estender Sua misericórdia e verdade aos pecadores arrependidos. Está pronto para derramar perdão e amor sobre eles. E requer que aqueles que foram abençoados por Sua compaixão demonstrem a mesma misericórdia e o mesmo amor pelos outros. Isso é o que significa fazer as obras de Cristo, isso é guardar os mandamentos de Deus. Aqueles que revelam gratidão verdadeira glorificam a Deus amando-O sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. Manifestam o fato de que não recebem o espírito deste mundo, mas o Espírito que vem de Deus. Por meio do conhecimento que tem como base a experiência, eles sabem quais são as coisas boas que lhes foram livremente concedidas por Deus, pois são iluminados pelo Espírito Santo. Eles operam a salvação com temor e tremor, sabendo que é Deus quem trabalha dentro deles para lhes despertar a vontade e cumprir o Seu prazer. Cristo habita na alma do que crê, como uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.
Quando olhamos para nós mesmos como o tesouro precioso de Cristo, reconhecemos com mais clareza nossa necessidade de sua constante presença, a fim de podermos representá-Lo por meio da manifestação de simpatia e amor a todos aqueles que forem trazidos a nossa esfera de influência. Nossa vida é carregada de responsabilidades solenes e somente quando somos totalmente consagrados a Deus, somente quando Ele nos purifica e coloca Sua vida e Seu Espírito sobre nós é que temos condições de representá-Lo corretamente aos outros. Devemos prestar contas por nossos pensamentos, nossas palavras e ações, bem como por nossas interações mais amplas com as outras pessoas.
A fim de cumprir a lei, devemos colocar em prática essa regra áurea e fazer aos outros aquilo que gostaríamos que eles fizessem por nós. Nossa influência deve ser santificada pelo Espírito Santo de Deus para ser uma bênção à humanidade. Não precisamos ficar ansiosos quanto ao que fazer daqui a semanas, meses ou anos, pois o futuro não nos pertence. Somente um dia é nosso e, ao longo desse dia, devemos viver para Deus, embelezar nosso caráter pela fé na justiça de Cristo. Neste dia, devemos nos colocar nas mãos de Jesus em serviço solene, a fim de que todos os nossos propósitos e planos sejam guiados por Ele (Signs of the Times, 11 de julho de 1892).

domingo, 23 de abril de 2017

Paz permanente


Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. João 14:27
Quando recebemos a Cristo no coração, como hóspede permanente, a paz de Deus, que excede a todo entendimento, guarda nosso coração e espírito em Cristo Jesus. A vida do Salvador na Terra, embora passada em meio de conflito, foi uma vida de paz. Por mais que os irados inimigos O estivessem sempre perseguindo, Ele disse: “Aquele que Me enviou está comigo, não me deixou só, porque Eu faço sempre o que Lhe agrada” (Jo 8:29). Nenhuma tempestade de ira humana ou diabólica poderia perturbar a calma daquela perfeita comunhão com Deus. E Ele nos diz: “Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou” (Jo 14:27); “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso” (Mt 11:29). Levai comigo o jugo do serviço, para a glória de Deus e o erguimento da humanidade, e achareis suave o jugo, e leve o fardo.
É o amor do próprio eu que destrói nossa paz. Enquanto o eu está bem vivo, estamos continuamente prontos a preservá-lo de mortificação e insulto; mas, se estamos mortos, e nossa vida escondida com Cristo em Deus, não levaremos a sério as desatenções e indiferenças. Seremos surdos às censuras, e cegos à zombaria e ao insulto. […]
A felicidade derivada de fontes terrenas é tão mutável como a podem tornar as várias circunstâncias; a paz de Cristo, porém, é constante e permanente. Ela não depende de qualquer circunstância da vida, da quantidade de bens mundanos ou do número de amigos. Cristo é a fonte da água viva, e a felicidade que dEle procede não pode jamais falhar.
A mansidão de Cristo, manifestada no lar, tornará felizes os membros da família; ela não provoca disputas, não dá respostas iradas, mas acalma o temperamento irritado e difunde uma suavidade que se faz sentir por todos os que se acham dentro do aprazível ambiente. Sempre que é nutrida, torna as famílias da Terra uma parte da grande família do Céu.
Muito melhor é sofrermos sob falsa acusação do que impor a nós mesmos a tortura da vingança sobre nossos inimigos. O espírito de ódio e vingança teve sua origem em Satanás e só pode trazer mal sobre aquele que o nutre. Humildade de coração, aquela mansidão que é o fruto de permanecer em Cristo, é o verdadeiro segredo da bênção (O Maior Discurso de Cristo, p. 15-17).

sexta-feira, 21 de abril de 2017

O pecado perde seus atrativos


Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida. Romanos 5:10
É a justiça de Cristo que torna o pecador penitente aceitável a Deus e opera sua justificação. Por mais pecaminosa que tenha sido sua vida, se ele crê em Jesus como seu Salvador pessoal, permanece diante de Deus nas imaculadas vestes da justiça imputada de Cristo.
O pecador tão recentemente morto em delitos e pecados é vivificado pela fé em Cristo. Ele vê pela fé que Jesus é seu Salvador e está vivo para todo o sempre, podendo “salvar totalmente [todos] os que por Ele se chegam a Deus” (Hb 7:25). Na expiação realizada para ele, o cristão vê tal largura, comprimento, altura e profundidade de eficiência – ele vê tal inteireza de salvação, adquirida a um preço tão infinito, que sua alma se enche de louvor e gratidão. Contempla, como por espelho, a glória do Senhor e é transformado na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. Vê o manto da justiça de Cristo, tecido no tear do Céu, talhado por Sua obediência e imputado à pessoa arrependida pela fé em Seu nome.
Quando o pecador tem uma visão dos incomparáveis encantos de Jesus, o pecado deixa de ser atraente para ele; pois contempla Aquele que é o mais exaltado entre dez mil e totalmente desejável. Compreende por experiência pessoal o poder do evangelho, cuja vastidão de desígnio só é igualada por sua preciosidade de propósito.
Temos um Salvador que vive. Ele não está no sepulcro novo de José; ressuscitou dentre os mortos e ascendeu ao alto como substituto e fiador de toda pessoa crente. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1). O pecador é justificado pelos méritos de Jesus, e isto é o reconhecimento de Deus da perfeição do resgate pago pelo ser humano. O fato de que Cristo foi obediente até a morte na cruz é uma garantia da aceitação, pelo Pai, do pecador penitente. Permitiremos, então, que nós mesmos tenhamos uma experiência vacilante, de duvidar e crer, de crer e duvidar? Jesus é a garantia de nossa aceitação por Deus. Alcançamos favor perante Deus não em virtude de algum mérito em nós mesmos, mas devido a nossa fé no “Senhor, justiça nossa”. […]
Somos perfeitos nEle, aceitos no Amado, unicamente se permanecermos nEle pela fé (Fé e Obras, p. 106, 107).

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Troca na maternidade

Troca na maternidade
Quem é a minha mãe? E quem são os meus irmãos? Marcos 3:33
Por acaso já passou pela sua cabeça a dúvida: “Será que eu fui trocado na maternidade?” Não deve ser nada fácil descobrir ser filho biológico de uma família e ter sido criado por outra, por conta de um erro no hospital na hora do parto.
Foi muito emocionante ver minha filha nascer. Porém, quando o médico a pegou no colo e a levou para outra sala, confesso que um desespero de pai de primeira viagem encheu meu peito e, sem pensar, disse: “Ei, volta aqui. Para onde você está levando minha filha?” Eu não queria correr o risco de que ela fosse trocada.
Para evitar enganos, as maternidades têm seus métodos. Quando a mãe chega para dar à luz, ela recebe uma pulseira com um número igual ao da outra pulseira, pequena, que será colocada no bracinho do bebê. Mesmo assim, é bom, na hora do parto, os pais prestarem atenção a determinadas características físicas do recém-­nascido e, de preferência, fotografar a criança. Tudo isso para evitar o trauma da troca.
Mesmo sendo filho biológico de Maria, o versículo de hoje revela que houve um dia em que Jesus se sentiu como se tivesse sido trocado na maternidade/estrebaria. Era o início de seu ministério, e as pessoas começavam a segui-lo em virtude de seu poder e sabedoria, mas seus irmãos de sangue e sua mãe não estavam compreendendo a natureza divina de sua missão.
Motivados pelo ciúme dos líderes religiosos, os irmãos de Jesus convenceram Maria de que algo estava errado com o filho dela. Foram então até à casa em que Jesus estava pregando e tentaram falar com Ele. Havia uma multidão dentro e fora do lugar, de modo que alguém precisou avisar o Senhor a respeito da presença de sua família.
Jesus, porém, sabia o motivo da presença deles. Por isso, disse, apontando para as pessoas que estavam na casa: “Vejam! Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos. Pois quem faz a vontade de Deus é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Marcos 3:34, 35). Ele estava dizendo que existe uma coisa que une mais as pessoas do que os laços de sangue: o amor ao evangelho e à verdade.
Pelo fato de seguirem a Cristo, algumas pessoas são perseguidas até pela família de sangue. Porém, Cristo garante que cada um de nós pode ter um novo lar com seu povo. Quando o Médico Jesus nos leva para o tanque do batismo, onde nascemos de novo, Ele faz a “troca na maternidade”, e passamos a fazer parte do povo de Deus. Se quiserem, nossos familiares também podem ser trocados.

De vitória em vitória

De vitória em vitória
Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 1 João 5:4
Por meio de Cristo, provê-se ao ser humano tanto a restauração como a reconciliação. O abismo produzido pelo pecado foi transposto pela cruz do Calvário. Foi pago por Jesus um resgate pleno e completo, em virtude do qual o pecador é perdoado e mantida a justiça da lei. Todos os que creem que Cristo é o sacrifício expiador podem chegar a Ele e receber o perdão dos pecados; pois, pelos méritos de Cristo, foi aberta a comunicação entre Deus e o ser humano. Deus pode aceitar-me como Seu filho, e eu posso reivindicá-Lo como meu Pai amoroso e nEle me alegrar.
Temos de centralizar nossas esperanças quanto ao Céu tão somente em Cristo, porque Ele é nosso substituto e fiador. Transgredimos a lei de Deus e, pelas obras da lei, nenhuma carne será justificada. Os melhores esforços que o ser humano, em suas forças, pode fazer não têm valor para satisfazer a santa e justa lei que foi transgredida; mas, pela fé em Cristo, o ser humano pode alegar a justiça do Filho de Deus como inteiramente suficiente. Cristo, em Sua natureza humana, satisfez as exigências da lei. Suportou a maldição da lei em lugar dos pecadores, e fez expiação por eles, para que todo aquele que nEle cresse não perecesse mas tivesse vida eterna. A fé genuína apropria-se da justiça de Cristo, e o pecador é feito vencedor com Cristo; pois ele se faz participante da natureza divina, e assim se combinam divindade e humanidade.
Quem procura alcançar o Céu pelas próprias obras, guardando a lei, tenta uma impossibilidade. O ser humano não pode se salvar sem a obediência, mas suas obras não devem provir de si mesmo. Cristo deve operar nele o querer e o efetuar, segundo Sua boa vontade. Se o ser humano pudesse salvar-se por suas obras, ele teria algo em si mesmo pelo qual se alegrar. O esforço que as pessoas fazem em suas próprias forças para obter a salvação é representado pela oferta de Caim. Tudo que o ser humano pode fazer sem Cristo é poluído pelo egoísmo e pecado; mas aquilo que é operado pela fé é aceitável a Deus. Quando procuramos alcançar o Céu pelos méritos de Cristo, a alma faz progresso. Olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé, podemos prosseguir de força em força, de vitória em vitória; pois por meio de Cristo a graça de Deus operou nossa salvação completa (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 363, 364).

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Uma nova vida

Uma nova vida
É necessário que vocês nasçam de novo. João 3:7, NVI
Como Nicodemos, devemos estar prontos a entrar na vida pela mesma maneira que o maior dos pecadores. Além de Cristo “não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12). Pela fé, recebemos a graça de Deus; mas a fé não é nosso Salvador. Ela não tem méritos em si mesma. É a mão que se apega a Cristo e se apodera de Seus méritos, o remédio contra o pecado. Nem sequer nos podemos arrepender sem o auxílio do Espírito de Deus. A respeito de Cristo, a Escritura diz: “Deus, porém, com a Sua destra O exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados” (At 5:31). O arrependimento vem de Cristo tão seguramente como vem o perdão.
Como, então, poderemos nos salvar? “Como Moisés levantou a serpente no deserto”, assim foi levantado o Filho do homem, e todo aquele que tem sido enganado e mordido pela serpente pode olhar e viver. “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). A luz que irradia da cruz revela o amor de Deus. Seu amor nos atrai a Ele. Se não resistirmos a essa atração, seremos levados ao pé da cruz em arrependimento pelos pecados que crucificaram o Salvador. Então, o Espírito de Deus, pela fé, produz uma nova vida na alma. Os pensamentos e desejos são postos em obediência à vontade de Cristo. O coração e o espírito são novamente criados à imagem daquele que opera em nós para sujeitar a si mesmo todas as coisas. Então a lei de Deus é escrita na mente e no coração, e podemos dizer com Cristo: “Agrada-me fazer a Tua vontade, ó Deus meu” (Sl 40:8).
Na conversa com Nicodemos, Jesus desdobrou o plano da salvação e Sua missão no mundo. Em nenhum de Seus discursos posteriores explicou tão plenamente, passo por passo, a obra necessária ao coração de todo aquele que quisesse herdar o reino do Céu. No início de Seu ministério, abriu a verdade a um membro do Sinédrio, ao espírito mais apto a receber, a um nomeado mestre do povo. Os guias de Israel, porém, não receberam de bom grado a luz. Nicodemos ocultou a verdade no coração, e, aparentemente, por três anos, poucos foram os frutos. […]
Nicodemos relatou a João a história daquela conversa, e, por sua pena, ela foi registrada para instrução de milhões (O Desejado de Todas as Nações, p. 175-177).

terça-feira, 18 de abril de 2017

18 de abril - Terça, Reconhecemos nossa necessidade?

Só Ele é a Minha rocha, e a Minha salvação, e o Meu alto refúgio. Salmo 62:6
Como precisamos de alimento para sustentar nossas forças físicas, assim necessitamos de Cristo, o pão do Céu, para manter a vida espiritual e comunicar forças para efetuar as obras de Deus. Como o corpo está continuamente recebendo a nutrição que sustém a vida e o vigor, assim a alma deve estar constantemente comungando com Cristo, a Ele submissa, e confiando inteiramente nEle.
Como o fatigado viajante procura a fonte no deserto e, encontrando-a sacia a sede abrasadora, assim o cristão irá ansiar e obter a pura água da vida, de que Cristo é a fonte.
Ao discernirmos a perfeição do caráter de nosso Salvador, desejaremos ser inteiramente transformados e renovados à imagem de Sua pureza. Quanto mais conhecermos a Deus, mais elevado será nosso ideal de caráter, e mais veemente o nosso anseio de Lhe refletir a imagem. Um elemento divino combina-se com o humano, quando a alma vai em busca de Deus, e o anelante coração pode exclamar:
“Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dEle vem a minha esperança” (Sl 62:5).
Se você experimenta um sentimento de necessidade em seu coração, se tem fome e sede de justiça, isso é prova de que Cristo tem atuado em seu coração, a fim de ser procurado por você para fazer, mediante o dom do Espírito Santo, aquilo que é impossível realizar em seu benefício. Não precisamos saciar nossa sede em correntes rasas, pois a grande fonte se acha acima de nós, fonte de cujas abundantes águas nos é dado beber fartamente, se subirmos um pouco mais na escalada da fé.
As palavras de Deus são a fonte da vida. Quando buscar esses vivos mananciais, você será, com a ajuda do Espírito Santo, posto em comunhão com Cristo. Verdades familiares se apresentarão a seu espírito sob novo aspecto; como o clarão de um relâmpago, novas significações cintilarão de textos familiares da Escritura. Você verá a relação de outras verdades com a obra da redenção e saberá que Cristo o está guiando; que você tem ao lado um Mestre divino. […]
À medida que o Espírito Santo revele a verdade, você entesourará as mais preciosas experiências e falará longamente a outros das confortadoras coisas que têm sido reveladas a você. Quando se reunir com eles, comunicará qualquer novo pensamento com relação ao caráter ou à obra de Cristo (O Maior Discurso de Cristo, p. 19, 20).

segunda-feira, 17 de abril de 2017

17 de abril - Segunda, Como nos enxergamos?

E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Filipenses 4:19
Nos dias de Cristo, os guias religiosos do povo julgavam-se ricos em tesouros espirituais. A oração do fariseu, dizendo: “Ó Deus, graças Te dou, porque não sou como os demais homens” (Lc 18:11), exprimia os sentimentos de sua classe e, em grande parte, da nação inteira. No entanto, na multidão que cercava Jesus, havia alguns que tinham a intuição de sua pobreza espiritual. Quando, na pesca miraculosa, revelou-se o poder de Cristo, Pedro lançou-se aos pés do Salvador, exclamando: “Senhor, retira-Te de mim, porque sou pecador” (Lc 5:8). Da mesma forma, na multidão reunida no monte, havia pessoas que, na presença de Sua pureza, sentiam-se desgraçadas, miseráveis, pobres, cegas e nuas (Ap 3:17). Estas almejavam a graça de Deus, que “se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2:11). Nessas pessoas, as palavras de saudação de Cristo despertaram esperança; viram que sua vida estava sob a bênção de Deus.
Jesus havia apresentado a taça de bênçãos aos que se julgavam ricos e de nada necessitados (Ap 3:17), e eles, com escárnio, voltaram as costas à dádiva misericordiosa. Aquele que se julga são, que pensa ser razoavelmente bom e se satisfaz com seu estado não procura se tornar participante da graça e justiça de Cristo. O orgulhoso não sente necessidade e, assim, fecha o coração a Cristo e às bênçãos infinitas que Ele veio dar. Não há lugar para Jesus no coração dessa pessoa. Os que são ricos e honrados aos próprios olhos não oram com fé para receber a bênção de Deus. Presumem estar cheios, por isso se retiram vazios. Os que sabem que não podem salvar a si mesmos nem praticar qualquer ação de justiça por si mesmos são os que apreciam o auxílio que Cristo pode conceder. São eles os pobres de espírito, aos quais Ele declara bem-aventurados.
Aquele a quem Cristo perdoa é tornado, em primeiro lugar, penitente, e é função do Espírito Santo convencer do pecado. Aqueles cujo coração foi movido pela convicção comunicada pelo Espírito de Deus percebem que não existe nenhum bem em si mesmos. Percebem que tudo que já fizeram está misturado com o próprio eu e o pecado. Como o pobre publicano, ficam a distância, não ousando erguer os olhos ao céu, e clamam: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lc 18:13, ARC). Estes são abençoados (O Maior Discurso de Cristo, p. 6-8).

domingo, 16 de abril de 2017

16 de abril - Domingo, Como negamos a Jesus?

Mas aquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante de Meu Pai, que está nos Céus. Mateus 10:33
Jesus diz: Se vocês Me confessarem diante dos homens, Eu confessarei vocês diante de Deus e dos santos anjos. Vocês devem ser Minhas testemunhas na Terra, condutos por onde Minha graça possa fluir para cura do mundo. Assim, serei representante de vocês no Céu. O Pai não vê o caráter defeituoso de vocês, mas os vê revestidos de Minha perfeição. Sou o meio pelo qual as bênçãos do Céu descerão a vocês. E todo aquele que Me confessa, partilhando Meu sacrifício pelos perdidos, será confessado como participante na glória e alegria dos salvos.
O que confessar a Cristo deve tê-Lo em si. Não pode comunicar aquilo que não recebeu. Os discípulos poderiam discorrer fluentemente sobre doutrinas, poderiam repetir as palavras do próprio Cristo; mas, a menos que tivessem mansidão e amor cristãos, não O estariam confessando. Um espírito contrário ao de Cristo iria negá-Lo, fosse qual fosse a profissão de fé. As pessoas podem negar a Cristo pela maledicência, por conversas destituídas de senso, por palavras inverídicas ou descorteses. Podem negá-Lo esquivando-se às responsabilidades da vida, pela busca dos prazeres pecaminosos. Podem negá-Lo conformando-se com o mundo, por uma conduta indelicada, pelo amor das próprias opiniões, pela justificação própria, por nutrir dúvidas, por ansiedades desnecessárias e por deixar-se estar em sombras. Por todas essas coisas declaram não ter consigo a Cristo. […]
O Salvador declarou a Seus discípulos que não esperassem que a inimizade do mundo para com o evangelho fosse vencida, e sua oposição deixasse de existir depois de algum tempo. Disse: “Não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10:34). Esse suscitar de conflitos não é efeito do evangelho, mas o resultado da oposição que lhe é movida. De todas as perseguições, a mais dura de sofrer é a discórdia no lar, o afastamento dos mais queridos entes da Terra. No entanto, Jesus declara: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a Mim não é digno de Mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a Mim não é digno de Mim; e quem não toma a sua cruz e vem após Mim não é digno de Mim” (v. 38).
A missão dos servos de Cristo é uma elevada honra, um sagrado depósito. […] Nenhum ato de bondade para com eles deixa de ser reconhecido e recompensado. No mesmo reconhecimento, Ele inclui os mais fracos e humildes da família de Deus (O Desejado de Todas as Nações, p. 357, 358).

sábado, 15 de abril de 2017

15 de abril - Sábado, Seja fiel ao princípio

Estou em pé continuamente durante o dia e de guarda me ponho noites inteiras. Isaías 21:8
O próprio Jesus nunca comprou a paz por meio de transigências. Seu coração transbordava de amor por toda a humanidade, mas nunca era condescendente para com seus pecados. Era muito amigo das pessoas para permanecer em silêncio, enquanto prosseguiam na direção que seria a sua ruína – daqueles que Ele comprara com o próprio sangue. Trabalhava para que o indivíduo fosse leal para consigo mesmo, leal para com seus mais altos e eternos interesses. Os servos de Cristo são chamados a realizar a mesma obra e devem estar atentos para que, buscando evitar desarmonia, não transijam contra a verdade. Devem seguir “as coisas da paz” (Rm 14:19); mas a verdadeira paz jamais será obtida por meio da concessão de princípios. Ninguém pode ser fiel aos princípios sem despertar oposição. Um cristianismo espiritual sofrerá oposição da parte dos filhos da desobediência. No entanto, Jesus recomendou aos discípulos: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma” (Mt 10:28). Os que são fiéis a Deus não precisam temer o poder dos seres humanos nem a inimizade de Satanás. Em Cristo, a vida eterna está garantida. Seu único temor deve ser atraiçoar a verdade, traindo assim a confiança com que Deus os honrou.
É obra de Satanás encher o coração das pessoas de dúvida. Ele as convence de que Deus é um Juiz severo. Incita-as a pecar, e depois faz com que elas pensem que são muito más para se aproximarem de seu Pai celestial ou inspirar-Lhe piedade. O Senhor compreende tudo isso. Jesus garante a Seus discípulos a simpatia de Deus para com eles em suas necessidades e fraquezas. Nenhum suspiro se desprende, nenhuma dor é sentida, desgosto algum magoa a alma, sem que sua vibração se faça sentir no coração do Pai.
A Bíblia apresenta-nos Deus em Seu alto e santo lugar, não em estado de inatividade, não em silêncio e isolamento, mas rodeado de milhares de milhares e milhões de milhões de seres santos, todos à espera para Lhe cumprir a vontade. Por meios que não nos é dado discernir, Ele está em ativa comunicação com todas as partes de Seu domínio. É, porém, neste mundo minúsculo, nas almas para cuja salvação deu Seu Filho unigênito, que se centraliza Seu interesse, bem como o de todo o Céu. Deus Se inclina de Seu trono para escutar o clamor do oprimido. A toda sincera súplica, responde: “Eis-Me aqui”. Ergue o aflito e o oprimido. Em todas as nossas aflições, Ele é afligido também (O Desejado de Todas as Nações, p. 356).

sexta-feira, 14 de abril de 2017

14 de abril - Sexta,Obediência de coração

Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos. João 14:15
Orar em nome de Cristo significa muito. Significa que teremos que aceitar Seu caráter, manifestar Seu espírito e fazer Suas obras. A promessa do Salvador é dada sob condição: “Se Me amais”, diz, “guardareis os Meus mandamentos” (Jo 14:15). Ele salva as pessoas não em pecado, mas do pecado; e os que O amam manifestarão Seu amor pela obediência.
Toda a verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. Se consentirmos, Ele Se identificará tanto com os nossos pensamentos e ideais, que dirigirá o nosso coração e espírito em conformidade com o Seu querer, e, obedecendo-Lhe, estaremos apenas seguindo nossos impulsos. A vontade, refinada, santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o Seu serviço. Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de conhecê-Lo, nossa vida será de contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se tornará detestável para nós.
Como Cristo viveu a lei na humanidade, assim podemos fazer se nos apegarmos ao Forte em busca de força. Entretanto, não devemos pôr a responsabilidade de nosso dever sobre outros e esperar que eles nos digam o que fazer. Não podemos depender da humanidade quanto a conselhos. O Senhor nos ensinará nosso dever com tanta boa vontade como o faz a qualquer outro. Se nos achegarmos a Jesus com fé, Ele nos transmitirá pessoalmente os Seus mistérios. Nosso coração arderá muitas vezes dentro de nós quando Ele Se aproximar para comungar conosco como fez com Enoque. Os que decidem não fazer, em qualquer sentido, algo que desagrade a Deus, depois de Lhe apresentarem seu caso, saberão por qual caminho deverão seguir. E não receberão apenas sabedoria, mas força. Será concedido a eles poder para a obediência e para o serviço, assim como Cristo prometeu. Tudo quanto foi dado a Cristo – “todas as coisas” para suprir as necessidades dos seres humanos caídos – foi-Lhe dado como Cabeça e Representante da humanidade. E “qualquer coisa que Lhe pedirmos, dEle a receberemos” (1Jo 3:22, ARC).
Antes de Se oferecer como a vítima sacrifical, Cristo buscou o mais essencial e completo dom para outorgar a Seus seguidores, um dom que lhes poria ao alcance os ilimitados recursos da graça. “Eu rogarei ao Pai”, disse, “e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê, nem O conhece; vós O conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14:16-18) (O Desejado de Todas as Nações, p. 668, 669).

quinta-feira, 13 de abril de 2017

13 de abril - Quinta, Fortalezas para Deus

Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder. Efésios 6:10
Havia muitas pessoas nos dias de Cristo, e ainda hoje há, sobre quem o domínio de Satanás por algum tempo parecia ter cessado. Pela graça de Deus, foram libertados dos maus espíritos que exerciam domínio sobre a pessoa. Alegravam-se no amor de Deus; mas, como os ouvintes do terreno pedregoso da parábola, não permaneceram em Seu amor. Não se entregaram diariamente a Deus para que Cristo habitasse no coração; e, quando o mau espírito voltou, “com outros sete espíritos, piores do que ele” (Mt 12:45), foram inteiramente dominados pelo poder do mal.
Quando a pessoa se rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse do coração. Acontece uma mudança que o ser humano não pode, absolutamente, fazer por si mesmo. É uma obra sobrenatural introduzindo um elemento sobrenatural na natureza humana. A pessoa que se rende a Cristo torna-se Sua fortaleza, mantida por Ele em um mundo rebelado, e é Seu desígnio que nenhuma autoridade seja aí conhecida senão a Sua. A pessoa assim guardada pelos seres celestiais é invencível aos assaltos de Satanás. Entretanto, a menos que nos entreguemos ao domínio de Cristo, seremos governados pelo maligno. Temos inevitavelmente de estar sob o domínio de um ou de outro dos dois grandes poderes em conflito pela supremacia do mundo. Não é necessário que escolhamos deliberadamente o serviço do reino das trevas para cair sob seu poder. Basta negligenciarmos a aliança com o reino da luz. Se não cooperarmos com os instrumentos celestiais, Satanás tomará posse do coração, tornando-o sua morada. A única defesa contra o mal é Cristo habitar no coração mediante a fé em Sua justiça. A menos que permaneçamos ligados a Deus, nunca poderemos resistir aos não santificados efeitos do amor-próprio, da condescendência com nós mesmos e da tentação para pecar. Podemos deixar muitos maus hábitos, podemos nos separar de Satanás por algum tempo; mas, sem uma ligação vital com Deus pela entrega de nós mesmos a Ele, momento a momento, seremos vencidos. Sem conhecimento pessoal em relação a Cristo e constante comunhão com Ele, ficamos submetidos ao inimigo e acabaremos fazendo sua vontade. […]
A manifestação mais comum do pecado contra o Espírito Santo é o desprezo constante ao convite do Céu para se arrepender. Todo passo na rejeição de Cristo é um passo no sentido de rejeitar a salvação (O Desejado de Todas as Nações, p. 323, 324).

quarta-feira, 12 de abril de 2017

12 de abril - Quarta, Você não está sozinho

É por eles que Eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são Teus. João 17:9
A única proteção contra o mal é a presença de Cristo no coração mediante a fé em Sua justiça. É por causa da existência do egoísmo em nosso coração que a tentação tem poder sobre nós. Ao contemplarmos, no entanto, o grande amor de Deus, o egoísmo se nos apresenta em seu horrível e repugnante caráter, e nosso desejo é vê-lo expelido da alma. À medida que o Espírito Santo glorifica a Cristo, nosso coração é abrandado e subjugado, as tentações perdem sua força, e a graça de Cristo transforma o caráter.
Cristo jamais abandonará a pessoa por quem Ele morreu. O ser humano poderá deixá-Lo, e ser vencido pela tentação; Cristo, porém, não pode nunca Se desviar daquele por quem pagou o resgate com a própria vida. Se nossa visão espiritual fosse vivificada, veríamos almas encurvadas sob a opressão e carregadas de desgosto, oprimidas, como uma carroça debaixo de uma pesada carga, e prestes a morrer em desalento. Veríamos anjos voando rapidamente em auxílio desses tentados, como se estes estivessem à beira de um precipício. Os anjos celestiais impelem para trás as hostes malignas que estão ao redor dessas pessoas, induzindo- as a pôr os pés no firme fundamento. As batalhas travadas entre os dois exércitos são tão reais como os combates entre os exércitos deste mundo, e do resultado do conflito dependem destinos eternos.
Como a Pedro, a palavra é dirigida a nós: “Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça” (Lc 22:31, 32). Graças a Deus, não somos deixados sozinhos. Aquele que “amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16, ARC) não nos abandonará na batalha contra o adversário de Deus e do ser humano. “Eis”, diz Jesus, “que vos dei poder para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano” (Lc 10:19).
Viva em contato com o Cristo vivo, e Ele o segurará firmemente com a mão que nunca soltará. Conheça o amor que Deus tem por nós, creia nele, e você estará seguro; esse amor é uma fortaleza inexpugnável contra todos os enganos e assaltos de Satanás (O Maior Discurso de Cristo, p. 118, 119).

segunda-feira, 10 de abril de 2017

11 de abril - Terça, Mantenha o foco em Jesus

Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem. Mateus 13:16
Andando lado a lado, a mão de Pedro na do Mestre, entraram juntos no barco. No entanto, Pedro estava agora rendido e silencioso. Ele não tinha nenhuma razão para se vangloriar sobre os companheiros, afinal, por causa da incredulidade e da exaltação, quase perdera a vida. Ao desviar de Cristo o olhar, ele perdeu o equilíbrio e afundou em meio às ondas.
Quantas vezes, ao enfrentarmos um momento de aflição, fazemos como Pedro! Olhamos para as ondas, em vez de manter os olhos fixos no Salvador. Os pés vacilam, e as impetuosas águas passam por sobre nossa alma. Jesus não disse a Pedro que fosse ter com Ele para que perecesse; não nos chama a segui-Lo para depois nos abandonar. […]
Jesus lia o caráter dos discípulos. Sabia que a fé manifestada por eles seria provada de modo doloroso. Nesse incidente no mar, desejava mostrar a Pedro sua própria fraqueza – que sua segurança dependia constantemente do poder divino. Em meio às tempestades da tentação, Pedro só poderia andar em segurança, quando, desconfiando inteiramente de si mesmo, descansasse no Salvador. Pedro era fraco no ponto em que se julgava mais forte; e, enquanto não discernisse sua fraqueza, não poderia compreender quanto necessitava confiar em Cristo. Se tivesse aprendido a lição que Jesus tentou lhe ensinar naquele incidente no lago, Pedro não teria fracassado quando a grande prova lhe sobreveio.
Dia a dia, Deus instrui Seus filhos. Pelas circunstâncias da vida diária, prepara- os para a parte que têm de desempenhar naquele mais vasto cenário que Sua providência lhes designou. É o resultado de sua prova diária que determina a vitória ou derrota deles na grande crise da vida.
Os que deixam de compreender sua contínua dependência de Deus serão vencidos pela tentação. Podemos entender agora que nossos pés estão firmes e jamais seremos abalados. Podemos dizer com confiança: “Eu sei em quem tenho crido; coisa alguma pode abalar minha confiança em Deus e em Sua Palavra”. Entretanto, Satanás está planejando aproveitar-se de nossos traços de caráter hereditários e cultivados para cegar nossos olhos tanto às nossas necessidades quanto aos nossos defeitos. Somente compreendendo a própria fraqueza e olhando firmemente para Jesus, podemos caminhar com segurança (O Desejado de Todas as Nações, p. 381, 382).

10 de abril - Segunda, Aprenda a desconfiar de si mesmo

Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos Céus. Mateus 18:4
O Salvador não desprezava a educação; pois, quando regida pelo amor de Deus e consagrada a Seu serviço, a cultura intelectual é uma bênção. Entretanto, Ele passou por alto os sábios de Seu tempo, porque eram tão cheios de confiança em si mesmos, que não podiam simpatizar com a humanidade sofredora e tornar- se colaboradores do Homem de Nazaré. […] A primeira coisa a ser aprendida por todos os que desejam trabalhar para Deus é a desconfiança de si mesmos; acham-se então preparados para lhes ser comunicado o caráter de Cristo. Este não se adquire por meio de educação recebida nas mais competentes escolas. É fruto da sabedoria obtida do divino Mestre.
Jesus escolheu homens sem a educação formal, porque não haviam sido instruídos nas tradições e nos errôneos costumes de seu tempo. Eram dotados de natural capacidade, humildes e dóceis – homens a quem podia educar para Sua obra. Nas ocupações comuns da vida, há muitas pessoas que seguem a rotina dos labores diários, inconscientes de terem faculdades que, se exercitadas, os ergueriam à altura dos mais ilustres do mundo. Requer-se o toque de uma hábil mão para despertar essas faculdades adormecidas. Foram esses os homens que Jesus chamou como colaboradores e deu-lhes a vantagem da convivência com Ele. As grandes personalidades do mundo nunca tiveram um mestre assim. Quando o preparo ministrado pelo Salvador terminou, os discípulos já não eram mais ignorantes e incultos. Eles tinham se tornado como o Mestre, tanto no espírito como no caráter, e as pessoas percebiam que aqueles homens haviam estado com Jesus.
A mais elevada obra da educação não é apenas comunicar conhecimentos, mas é aquela vitalizante energia recebida pelo contato de espírito com espírito, de pessoa com pessoa. Somente vida gera vida. Que privilégio, pois, foi o deles, por três anos em contato com aquela divina vida de onde tem provindo todo impulso doador de vida que tem abençoado o mundo! João, o discípulo amado, mais que todos os seus companheiros, entregou-se ao influxo daquela assombrosa existência. Ele diz: “A vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada” (1Jo 1:2). (O Desejado de Todas as Nações, p. 249, 250).

9 de abril - Domingo, Cruzando a linha

Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. 1 João 2:15
Cristo não diz que o ser humano não servirá a dois senhores, mas que ele não pode fazê-lo. Os interesses de Deus e os interesses de Mamom não têm ligação ou correspondência. Justamente onde a consciência do cristão o adverte para deter-se, para negar o próprio eu, aí mesmo o mundano ultrapassa a linha a fim de condescender com suas propensões egoístas. De um lado do limite está o abnegado seguidor de Cristo; do outro lado, está o amante do mundo, complacente consigo mesmo, cortejando a moda, empenhando-se em frivolidades e regalando-se em proibido prazer. Àquele lado do limite, o cristão não pode ir.
Ninguém pode ocupar uma posição neutra; não há classe neutra que ame a Deus e sirva ao inimigo da justiça ao mesmo tempo. Cristo deve viver em Seus instrumentos humanos, trabalhar por intermédio de suas faculdades e agir por meio de suas aptidões. A vontade deles precisa estar submissa à Sua vontade; eles devem agir com o Seu Espírito. Então, não mais vivem eles, mas Cristo é que vive neles. Aquele que não se entregou inteiramente a Deus está sob o controle de outro poder, escutando outra voz, cujas sugestões são de caráter inteiramente diverso. Um serviço pela metade coloca o agente humano do lado do inimigo, como bem-sucedido aliado das hostes das trevas. Quando indivíduos que se dizem soldados de Cristo se deixam usar na confederação de Satanás e ajudam o seu lado, eles demonstram ser inimigos de Cristo. Traem sagrados depósitos. Formam um elo entre Satanás e os verdadeiros soldados, de modo que, por meio desses instrumentos, o inimigo está operando continuamente para roubar o coração dos soldados de Cristo.
O suporte mais poderoso do vício em nosso mundo não é a vida iníqua do dissoluto pecador ou do degradado; é a vida que, ao contrário, parece virtuosa, respeitável e nobre, mas na qual é nutrido um pecado; a vida em que há complacência com um vício. Para a alma que está lutando intimamente contra alguma gigantesca tentação, tremendo à beira de um abismo, o exemplo é um dos mais poderosos estímulos a pecar. Aquele que, dotado de altas concepções da vida, da verdade e da honra, viola um preceito da santa lei de Deus de modo voluntário perverte seus nobres dons, tornando-os um laço para o pecado. O temperamento, o talento, a simpatia, mesmo a generosidade e as boas ações podem tornar-se uma cilada de Satanás para seduzir pessoas para o precipício da ruína nesta vida e na por vir (O Maior Discurso de Cristo, p. 93, 94).

8 de abril - Sábado, Deus precisa de seu consentimento

O Senhor é a minha força e o meu escudo; nEle o meu coração confia, nElefui socorrido. Salmo 28:7
Lado a lado com a pregação do evangelho, estão as forças que são apenas médiuns de espíritos de mentira. Muitas pessoas se envolvem com essas forças por simples curiosidade, mas, ao ver demonstrações de um poder sobrenatural, sentem-se atraídas a ir cada vez mais longe, até que ficam dominadas por uma vontade mais forte que a de si mesmas. Essas pessoas não conseguem escapar do misterioso poder.
As defesas da mente são derrubadas. Não há barreira contra o pecado. Uma vez que as restrições da Palavra de Deus e de seu Espírito são rejeitadas, nenhum ser humano pode saber a que profundezas de degradação é capaz de imergir. Um pecado secreto ou paixão dominadora pode manter a pessoa cativa tão impotente como era o endemoninhado de Cafarnaum. Entretanto, seu estado não é sem esperança.
O meio pelo qual podemos vencer o maligno é o mesmo usado por Cristo – o poder da Palavra. Deus não rege nossa mente sem nosso consentimento; mas, se desejarmos conhecer e fazer Sua vontade, temos a promessa: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). “Se alguém quiser fazer a vontade dEle, conhecerá a respeito da doutrina” (Jo 7:17). Graças à fé nessas promessas, qualquer pessoa poderá ser libertada dos ardis do erro e do domínio do pecado.
Todo ser humano é livre para escolher o poder que o regerá. Ninguém caiu tão fundo, ninguém é tão indigno que não possa encontrar libertação em Cristo. O endemoninhado, em lugar de uma oração, só pôde proferir as palavras de Satanás; porém, o mudo apelo do coração foi ouvido. Nenhum grito de uma pessoa em necessidade, mesmo que não seja expresso em palavras, será ignorado. Os que consentirem em entrar com o Deus do Céu em um concerto não serão deixados entregues ao poder de Satanás, ou às fraquezas de sua natureza. São convidados pelo Salvador: “Que se apoderem da Minha força e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo” (Is 27:5). Os espíritos das trevas vão lutar para manter cativa a pessoa que uma vez caiu sob seu domínio, mas anjos de Deus vão contender por essa pessoa com predominante poder. Diz o Senhor: “Tirar-se-ia a presa ao valente? Acaso, os presos poderiam fugir ao tirano? […] Assim diz o Senhor: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano fugirá, porque Eu contenderei com os que contendem contigo e salvarei os teus filhos” (Is 49:24, 25) (O Desejado de Todas as Nações, p. 258, 259).

quinta-feira, 6 de abril de 2017

7 de abril - Sexta, Satanás não pode obrigar você a pecar

Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto. Mateus 4:10
O tentador jamais poderá nos forçar a praticar o mal. Não pode dominar a mente, a menos que ela se submeta a seu controle. A vontade tem que consentir, e a fé tem que colocar sua segurança em Cristo, antes que Satanás possa exercer domínio sobre nós. Entretanto, todo desejo pecaminoso que nutrimos proporciona certa vantagem ao inimigo. Todo ponto em que deixamos de satisfazer a norma divina é uma porta aberta pela qual ele pode entrar para nos destruir. Todo fracasso ou derrota de nossa parte dá a Satanás a oportunidade de acusar a Cristo.
Quando Satanás citou a promessa: “Aos Seus anjos ordenará a Teu respeito” (Mt 4:6), omitiu as palavras: “para que Te guardem em todos os Teus caminhos” (Sl 91:11); isto é, em todos os caminhos da escolha de Deus. Jesus Se recusou a sair da vereda da obediência. Conquanto manifestasse perfeita confiança em Seu Pai, não se colocaria, sem que isso lhe fosse ordenado, em situação que tornasse necessária a interposição do Pai para O salvar da morte. Não forçaria a Providência a vir em Seu socorro, deixando assim de dar ao ser humano um exemplo de confiança e submissão.
Jesus declarou a Satanás: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mt 4:7). Essas palavras foram ditas por Moisés aos filhos de Israel, quando eles tiveram sede no deserto e pediram que Moisés lhes desse água, exclamando: “Está o Senhor no meio de nós, ou não?” (Êx 17:7). Deus tinha operado maravilhas por eles; porém, em aflição, duvidaram dEle e exigiram demonstrações de que estava com eles. Procuraram, em sua incredulidade, pô-Lo à prova. E Satanás estava incitando Cristo a fazer a mesma coisa. Deus já tinha testificado que Cristo era Seu Filho. Pedir novamente um sinal de que Ele era o Filho de Deus seria pôr à prova a Palavra divina, tentando-O. E o mesmo aconteceria ao pedir o que Deus não havia prometido. Manifestaria desconfiança e estaria realmente provando- O ou tentando-O. Não devemos apresentar ao Senhor nossas petições para provar que Ele cumpre Sua palavra, mas porque as cumpre; não para provar que Ele nos ama, mas porque nos ama. “Sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam” (Hb 11:6).
No entanto, a fé não é de maneira nenhuma aliada à presunção. Somente quem tem verdadeira fé está protegido contra a presunção. Pois presunção é a falsificação da fé, operada por Satanás (O Desejado de Todas as Nações, p. 125, 126).

6 de abril - Quinta, Por caminhos seguros

O Filho nada pode fazer de Si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai. João 5:19
As palavras de Cristo nos ensinam que devemos nos considerar inseparavelmente ligados a nosso Pai celestial. Seja qual for nossa posição, dependemos de Deus, que segura em Suas mãos todos os destinos. Ele nos designou nossa obra e nos dotou de faculdades e meios para ela. Enquanto submetermos a vontade à Sua, e confiarmos em Sua força e sabedoria, seremos guiados por caminhos seguros para realizar a parte que nos cabe em Seu grande plano. Aquele, porém, que confia na sabedoria e poder próprios está se separando de Deus. Em vez de trabalhar em harmonia com Cristo, cumpre o desígnio do inimigo de Deus e dos seres humanos.
O Salvador continuou: “Tudo quanto o que este [o Pai] fizer, o Filho também semelhantemente o faz. […] Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer” (Jo 5:19, 21). Os saduceus afirmavam que não havia ressurreição do corpo; mas Jesus lhes disse que uma das maiores obras de Seu Pai é ressuscitar os mortos, e que Ele próprio tem poder de fazer a mesma obra. “Vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão” (Jo 5:25). Os fariseus acreditavam na ressurreição dos mortos. Cristo declarou que o poder que dá vida aos mortos estaria entre eles, e eles testemunhariam sua manifestação. Esse mesmo poder de ressuscitar dá vida à pessoa morta “em delitos e pecados” (Ef 2:1). Esse espírito de vida em Cristo Jesus, o “poder da Sua ressurreição” (Fp 3:10), liberta as pessoas “da lei do pecado e da morte” (Rm 8:2). O domínio do mal é despedaçado e, pela fé, a mente é guardada do pecado. Aquele que abre o coração ao Espírito de Cristo torna-se participante daquele grande poder que lhe fará o corpo ressurgir do sepulcro. […]
Os sacerdotes e principais haviam se colocado como juízes, para condenar a obra de Cristo, mas Ele Se declarou juiz deles próprios, e de toda a Terra. O mundo foi confiado a Cristo, e, por Seu intermédio, toda bênção de Deus tem sido concedida à humanidade caída. Era o Redentor, tanto antes como depois da encarnação. Assim que o pecado passou a existir; houve um Salvador. Ele tem dado luz e vida a todos, e, em harmonia com a medida da luz concedida, cada um será julgado. E aquele que tem comunicado a luz, que tem acompanhado a pessoa com as mais ternas súplicas, buscando atraí-la do pecado para a santidade, é ao mesmo tempo seu Advogado e Juiz (O Desejado de Todas as Nações, p. 209, 210).

quarta-feira, 5 de abril de 2017

5 de abril - Quarta, A tentação pode resultar em vitória

Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento. 1 Coríntios 10:13
Não devemos apresentar nossas petições a Deus para provar se Ele cumprirá Sua palavra, mas porque Ele a cumpre; não para provar se nos ama, mas porque Ele nos ama.
“Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto. […] e Lhe disse: Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares” (Mt 4:8, 9).
Esse foi o esforço culminante de Satanás. Nesse esforço, lançou ele todo o seu poder enganador. Era o encantamento da serpente. Exerceu o poder de seu fascínio sobre Cristo, esforçando-se por fazê-Lo entregar Sua vontade à dele. Em Sua fraqueza, Cristo apegou-Se a Deus. A divindade irradiou por intermédio da humanidade. Cristo revelou-Se como o Comandante do Céu, e Suas palavras foram as de alguém que tem todo o poder. “Retira-te, Satanás”, disse Ele, “porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto” (Mt 4:10).
Satanás havia questionado se Jesus era o Filho de Deus. Na maneira como ele foi sumariamente despedido, Satanás obteve a prova que não poderia refutar. Foi impotente para resistir à ordem. Torcendo-se de humilhação e raiva, foi forçado a retirar-se da presença do Redentor do mundo. A vitória de Cristo foi tão completa como havia sido o fracasso de Adão.
Cristo sabia dos longos anos de conflito no futuro, entre os seres humanos e seu sagaz inimigo. Ele é o refúgio de todos os que, assediados pela tentação, clamam a Ele. Tentações e provas virão a todos nós, mas não precisamos ser derrotados pelo inimigo. Nosso Salvador venceu em nosso favor. Satanás não é invencível. Dia após dia, ele enfrenta aqueles que estão sendo provados, esforçando-se, mediante suas ciladas, por obter a supremacia sobre eles. Seu poder acusador é grande, e é nesse aspecto que Satanás obtém mais vitórias do que em qualquer outro. Cristo foi tentado para que pudesse saber como ajudar cada pessoa que fosse tentada dali em diante. A tentação não é pecado; o pecado consiste em ceder. Para a pessoa que confia em Jesus, tentação significa vitória e força ainda maior.
Cristo está pronto a perdoar todos os que vão a Ele, confessando seus pecados. […] Graças a Deus, temos um sumo sacerdote que pode compadecer-Se de nossas fraquezas, pois foi tentado em todas as coisas, como nós somos (Cristo Triunfante, p. 217).

terça-feira, 4 de abril de 2017

4 de abril - Terça, O fundamento para a vitória

Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Coríntios 15:57
Para os que creem, Cristo é o firme fundamento. São eles que caem sobre a Rocha e se despedaçam. A submissão a Cristo e a fé nEle são aqui representadas. Cair sobre a Rocha e despedaçar-se é renunciar à nossa própria justiça e ir a Cristo com a humildade de uma criança, arrependidos de nossas transgressões e crendo em Seu amor perdoador. Assim, também é pela fé e pela obediência que edificamos sobre Cristo como nosso fundamento.
Sobre essa pedra viva podem edificar semelhantemente judeus e gentios. Esse é o único fundamento sobre o qual podemos edificar com segurança. É suficientemente largo para todos e forte o bastante para sustentar o peso e o fardo do mundo inteiro. Pela ligação com Cristo, a pedra viva, todos os que edificam sobre esse fundamento se tornam pedras vivas. Muitas pessoas são lavradas, polidas e embelezadas por seus esforços; não podem, no entanto, tornar-se “pedras vivas”, porque não estão ligadas a Cristo. Sem essa ligação, ninguém pode ser salvo. Sem a vida de Cristo em nós, não podemos resistir às tempestades das tentações. Nossa segurança eterna depende de edificarmos sobre o firme fundamento. Hoje, multidões estão edificando sobre fundamento não provado. Ao cair a chuva, e soprarem os ventos, e as enchentes sobrevirem, sua casa cairá, porque não está fundada sobre a Rocha eterna, a pedra angular – Cristo Jesus.
“Para os descrentes”, Cristo é uma rocha de escândalo. Entretanto, “a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular” (1Pe 2:7, 8). Como a pedra rejeitada, Cristo, em Sua missão terrestre, havia suportado desdém e maus-tratos. Foi “desprezado e o mais indigno dentre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; […] era desprezado, e dEle não fizemos caso” (Is 53:3). No entanto, aproximava-se o tempo em que Ele seria glorificado. Pela ressurreição dentre os mortos, seria “designado Filho de Deus com poder” (Rm 1:4). Em Sua segunda vinda, Ele seria revelado como Senhor do Céu e da Terra. Os que estavam prestes a crucificá-Lo reconheceriam Sua grandeza. Perante o universo, a pedra rejeitada se tornaria a pedra principal. […]
Assim será no grande dia final, quando o juízo cair sobre os que rejeitam a graça divina. Cristo, para eles a pedra de tropeço, aparecerá a estes como vingadora montanha (O Desejado de Todas as Nações, p. 599, 600).

segunda-feira, 3 de abril de 2017

3 de abril - Segunda, Vitória somente em Deus

Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 1 João 5:4
A vida cristã é uma batalha e uma marcha. No entanto, a vitória a ser ganha não é obtida por força humana. O campo de luta é o domínio do coração. A batalha que temos a ferir – a maior de quantas já foram travadas pelo ser humano – é a entrega do próprio eu à vontade de Deus, a sujeição do coração à soberania do amor. A velha natureza, nascida do sangue e da vontade da carne, não pode herdar o reino de Deus. As tendências hereditárias, os hábitos antigos devem ser renunciados.
Aquele que está determinado a entrar no reino espiritual perceberá que todas as forças e paixões de uma natureza não regenerada, fortalecidas pelos poderes das trevas, acham-se arregimentadas contra ele. O egoísmo e o orgulho tomarão posição contra tudo que os aponte como pecado. Não podemos, por nós mesmos, vencer os maus desejos e hábitos que lutam pela predominância. Não nos é possível dominar o poderoso inimigo que nos mantém em escravidão. Somente Deus pode nos dar a vitória. Ele deseja que tenhamos o domínio de nós mesmos, de nossa vontade e de nossos caminhos. Entretanto, Ele não pode atuar em nós contra o nosso consentimento e cooperação. O Espírito divino opera mediante as faculdades e poderes conferidos ao ser humano. Nossas energias são requeridas para cooperar com Deus.
A vitória não é ganha sem muita e fervorosa oração, sem a humilhação do próprio eu a cada passo. Nossa vontade não deve ser forçada a cooperar com os agentes celestiais, mas sujeitada voluntariamente. Se fosse possível forçar sobre nós, com centuplicada intensidade, a influência do Espírito de Deus, isso não nos tornaria cristãos, súditos aptos para o Céu. A fortaleza de Satanás não seria derrubada. A vontade deve ser colocada ao lado da vontade de Deus. Não somos capazes, por nós mesmos, de sujeitar nossos propósitos, desejos e inclinações à vontade de Deus; mas, se permitirmos, Ele efetuará a obra por nós, destruindo “toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2Co 10:5). Então teremos que trabalhar nossa “salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade” (Fp 2:12, 13) (O Maior Discurso de Cristo, p. 141-143).

2 de abril - Domingo, A mansidão alcança a vitória

Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Mateus 5:5
“Bem-aventurados os mansos” (Mt 5:5). As dificuldades que temos de enfrentar podem ser diminuídas pela mansidão que se esconde em Cristo. Se possuirmos a humildade de nosso Mestre, poderemos nos sobrepor aos menosprezos, às repulsas, aos aborrecimentos a que estamos diariamente expostos, e estes deixarão de nos lançar sombra sobre o espírito. A mais elevada prova de nobreza em um cristão é o domínio de si mesmo. Aquele que, em face de maus-tratos ou de crueldade, deixa de manter espírito calmo e confiante, rouba a Deus o direito de revelar nele a perfeição do caráter divino. Humildade de coração é a força que dá vitória aos seguidores de Cristo; é a demonstração de sua ligação com as cortes do alto.
“O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humildes” (Sl 138:6). Os que manifestam o manso e humilde espírito de Cristo são ternamente considerados por Deus. Podem ser olhados com desdém pelo mundo, mas são de grande valor aos olhos divinos. Não somente os sábios, os grandes, e as pessoas caridosas obterão passaporte para as cortes celestiais; não somente o atarefado obreiro, cheio de zelo e atividade. O pobre de espírito, que ambiciona a presença permanente de Cristo; o humilde de coração, cujo maior desejo é fazer a vontade de Deus, estes receberão plena entrada. Eles estarão entre os que lavaram suas vestiduras e as branquearam no sangue do Cordeiro. “Por que se acham diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu santuário; e Aquele que Se assenta no
trono estenderá sobre eles o Seu tabernáculo” (Ap 7:15). […]
O misericordioso encontrará misericórdia, e o puro de coração verá a Deus. Todo pensamento impuro contamina a alma, enfraquece o senso moral e tende a apagar as impressões do Espírito Santo. Diminui a visão espiritual, de modo que as pessoas não podem ver a Deus. O Senhor pode perdoar o arrependido pecador, e perdoa; embora perdoada, porém, a alma fica prejudicada. Toda impureza de linguagem ou de pensamento deve ser evitada por aquele que quer possuir clara percepção da verdade espiritual.
Entretanto, as palavras de Cristo abrangem mais que a isenção da impureza sensual, mais que a ausência daquela contaminação cerimonial que os judeus tão rigorosamente evitavam. O egoísmo nos impede de ver a Deus. […] Unicamente o coração abnegado, o humilde e fiel de espírito, verá a Deus como “misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade” (Êx 34:6, ARC) (O Desejado de Todas as Nações, p. 301, 302).

1 de abril - Sábado, O fundamental para a vitória

Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio. 2 Pedro 1:5, 6
Essas palavras são plenas de instrução e tratam do que é fundamental. O apóstolo apresenta perante os crentes a escada do progresso cristão, cujos degraus representam cada qual um acréscimo no conhecimento de Deus e em cuja ascensão não deve haver parada. Fé, virtude, conhecimento, temperança, paciência, piedade, amor fraternal e caridade são degraus da escada. Permanecemos salvos ao subir degrau a degrau, passo após passo, para o alto ideal de Cristo para nós. Assim é Ele feito para nós sabedoria, e justiça, e santificação e redenção.
Deus tem chamado Seu povo para glória e virtude, e isso deve se manifestar na vida de todo o que verdadeiramente se associa a Ele. Tendo se tornado participantes do dom celestial, devem prosseguir para a perfeição, “guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação” (1Pe 1:5). Para Deus, a glória está no fato de Ele conceder Sua virtude a Seus filhos. Ele deseja ver homens e mulheres alcançarem a mais elevada norma; e, quando se apegarem pela fé ao poder de Cristo, quando pleitearem Suas infalíveis promessas, considerando-as como suas, quando com persistência buscarem o poder do Espírito Santo que lhes não será negado, então se farão completos nEle.
Após ter recebido a fé apresentada no evangelho, o trabalho seguinte do cristão é acrescentar virtude a seu caráter, e assim purificar o coração e preparar a mente para a recepção do conhecimento de Deus. Esse conhecimento é a base de toda educação e serviço verdadeiros. É a única salvaguarda real contra a tentação; e essa é a única coisa que pode tornar alguém semelhante a Deus no caráter. Mediante o conhecimento de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo, são dadas ao crente “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade” (2Pe 1:3). Nenhuma boa dádiva é retida daquele que sinceramente deseja obter a justiça de Deus. […]
Ninguém precisa deixar de alcançar em sua esfera a perfeição do caráter cristão. Pelo sacrifício de Cristo, foi tomada providência para que o cristão receba todas as coisas que dizem respeito à vida e piedade (Atos dos Apóstolos, p. 530, 531).

Jesus, o justo Juiz

Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas coi...