quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Avançar em unidade

Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por Ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis. 2 Pedro 3:14

O Senhor deseja ver a obra da proclamação da mensagem do terceiro anjo sendo levada avante com eficiência crescente. Assim como Ele trabalhou em todas as épocas para dar vitórias a Seu povo; neste tempo, Ele deseja cumprir Seus desígnios para Sua igreja de modo triunfante. Ordena aos santos crentes que avancem unidos, indo de força para força maior, da fé a mais certeza e confiança na verdade e justiça de Sua causa.
Devemos ficar firmes qual rocha aos princípios da Palavra de Deus, lembrando-nos de que Ele está conosco para dar-nos poder para enfrentar cada novo acontecimento. Mantenhamos sempre em nossa vida os princípios da justiça, para irmos adiante de força em força em nome do Senhor. Devemos conservar extremamente sagrada a fé que foi consolidada pela instrução e aprovação do Espírito de Deus, desde nossa experiência inicial até os nossos dias. Devemos guardar cuidadosamente, como preciosíssima, a obra que o Senhor tem levado adiante por meio de Seu povo observador dos mandamentos e que, pelo poder de Sua graça, vai se tornar mais vigorosa e eficiente à medida que o tempo avança. O inimigo está procurando obscurecer o discernimento do povo de Deus e enfraquecer sua eficiência, mas, caso eles trabalhem segundo a direção do Espírito de Deus, Ele abrirá diante deles portas de oportunidade para a obra de restaurar os lugares assolados. Sua vida cristã será de constante desenvolvimento, até que o Senhor desça do Céu com poder e grande glória para pôr Seu selo de triunfo final sobre os Seus fiéis.
A obra que está perante nós é daquelas que causam tensão em toda faculdade do ser humano. Isso exigirá o exercício de vigorosa fé e vigilância constante. Por vezes, as dificuldades que teremos de enfrentar serão muito desencorajadoras. A própria grandeza da tarefa nos aterrará. Entretanto, com o auxílio de Deus, Seus servos finalmente triunfarão (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 407, 408).
Tenho sido profundamente impressionada por cenas recentemente passadas diante de mim durante a noite. Parecia estar ocorrendo em muitos lugares um grande movimento – uma obra de reavivamento. Nosso povo cerrou fileiras correspondendo ao chamado de Deus (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 402)

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A união gera força

Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! Salmo 133:1
Esperamos encontrar nossos irmãos no Céu? Se pudermos conviver com eles aqui, vivendo em paz e harmonia, poderemos, então, viver com eles lá. Porém, como poderemos estar com eles no Céu, se aqui não conseguimos viver sem lutas nem contendas contínuas? […]
Nosso coração endurecido precisa ser quebrantado. Precisamos formar uma unidade perfeita e reconhecer que fomos resgatados pelo sangue de Jesus Cristo de Nazaré. Diga cada qual para si: “Ele deu a Sua vida por mim, e quer que, ao passar eu por este mundo, revele o amor que Ele manifestou ao entregar-Se por mim.” Cristo levou sobre a cruz os nossos pecados em Seu corpo para que Deus seja justo e justificador de quem nEle crê. Há vida, vida eterna reservada para todos quantos se entregam a Cristo.
Trabalhemos com ardor em prol da união. Oremos e trabalhemos para alcançá-la. Ela nos produzirá saúde espiritual, elevação de pensamento, nobreza de caráter e mentalidade celestial, que nos capacitarão para vencer o egoísmo e as ruins suspeitas, e a ser mais do que vencedores por Aquele que nos amou e a Si mesmo Se deu por nós. Crucifiquemos o eu; consideremos os outros superiores a nós; e assim realizaremos a unidade em Cristo. Perante o universo celestial, bem como a igreja e o mundo, daremos prova indiscutível de que somos filhos e filhas de Deus. Deus será glorificado pelo nosso exemplo.
O milagre que o mundo necessita ver é o que une o coração dos filhos de Deus, uns aos outros, por um amor cristão. Precisa ver os do povo do Senhor assentados juntos nos lugares celestiais em Cristo. Não quereremos dar por nossa vida uma prova do que a verdade divina pode fazer em favor dos que O amam e servem? Deus sabe o que poderemos chegar a ser. Sabe o que a divina graça pode fazer em nosso favor, se nos tornarmos participantes da natureza divina. […]
A união é força; a divisão, fraqueza. Quando se acham unidos os que creem na verdade presente, exercem poderosa influência. Satanás compreende bem isso. Nunca se achou mais determinado do que agora para neutralizar a verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor (Conselhos Para a Igreja, p. 290, 291).

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Em busca de consenso

Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. 1 Coríntios 8:2
O Redentor do mundo conferiu grande poder a Sua igreja. Ele declara as regras a serem aplicadas em casos de demanda entre seus membros. Depois de dar claras orientações quanto à direção a seguir, Ele diz: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado nos Céus, e tudo [em matéria de disciplina da igreja] o que desligardes na Terra terá sido desligado no Céu” (Mt 18:18). Assim até a autoridade celestial ratifica a disciplina da igreja com relação a seus membros, uma vez que tenha sido seguida a regra bíblica.
A Palavra de Deus não dá licença a que uma pessoa coloque seu julgamento em oposição ao da igreja, nem lhe é permitido insistir em suas opiniões contrariamente às dela. Caso não houvesse disciplina e governo eclesiásticos, a igreja se esfacelaria; não poderia se manter unida como um corpo. Sempre há indivíduos de espírito independente, pretendendo estar certos e afirmando que Deus os têm ensinado, impressionado e guiado de modo especial. Cada um tem uma teoria particular, ideias peculiarmente suas, e cada um pretende que essas ideias estejam em harmonia com a Palavra de Deus. Cada um tem diferente teoria e fé, não obstante pretende cada um possuir luz especial de Deus. Essas pessoas separam- se da corporação e constituem, por si mesmas, uma igreja à parte. Não podem estar todas certas, mas todas pretendem ser guiadas pelo Senhor. A palavra da Inspiração não pode ser sim e não, mas sim e amém em Cristo Jesus.
Nosso Salvador acompanha Suas lições com a promessa de que, se dois ou três se unirem em pedir alguma coisa a Deus, isso lhes será feito. Cristo mostra aqui que deve haver união com outros, mesmo em nossos desejos por determinado objetivo. Grande importância é atribuída à oração feita em comum, à união de desígnios. Deus atende às orações dos indivíduos; nessa ocasião, porém, Jesus estava dando lições especiais e importantes, que deviam ser de particular influência na igreja que acabava de organizar na Terra. Deve haver acordo a respeito das coisas que desejam e pelas quais oram. Não simplesmente os pensamentos e esforços de uma só pessoa, sujeita a enganos; mas as petições devem constituir o veemente desejo de várias mentes concentradas em um ponto (Testemunhos Para a Igreja, vol. 3, p. 428, 429).

O amor de Cristo na igreja

Peço-te, não como se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. 2 João 5
Esse amor é o testemunho de seu discipulado. “Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos”, disse Jesus, “se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). Quando os seres humanos se ligam entre si, não pela força do interesse pessoal, mas pelo amor, mostram a operação de uma influência que é superior a toda influência humana. Onde existe essa unidade, é evidente que a imagem de Deus está sendo restaurada na humanidade, que foi implantada nova vida. Mostra que há na natureza divina poder para deter os sobrenaturais agentes do mal, e que a graça de Deus subjuga o egoísmo inerente ao coração natural.
Esse amor manifestado na igreja certamente vai incitar a ira de Satanás. Cristo não estabelece um caminho fácil para Seus discípulos. “Se o mundo vos odeia”, diz Ele, “sabei que, primeiro do que a vós outros, Me odiou a Mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que Eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se Me perseguiram a Mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a Minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do Meu nome, porquanto não conhecem Aquele que Me enviou” (Jo 15:18-21). O evangelho deve ser levado avante por ativa luta, em meio de oposição, perigo, prejuízo e sofrimento. Entretanto, os que fazem essa obra estão apenas seguindo os passos do Mestre. […]
Cristo Se alegrava de poder fazer mais em benefício de Seus seguidores, do que eles seriam capazes de pedir ou pensar. Falava com segurança, sabendo que fora dado, antes mesmo da fundação do mundo, um onipotente decreto. Sabia que a verdade, armada com a onipotência do Espírito Santo, havia de vencer na contenda com o mal; e a ensanguentada bandeira flutuaria triunfalmente sobre Seus seguidores. Sabia que a vida de Seus confiantes discípulos seria como a Sua, uma série de ininterruptas vitórias, que aqui não pareceriam sê-lo, mas seriam reconhecidas como tais no grande porvir. […]
Cristo não falhou nem Se desanimou, e Seus seguidores têm de manifestar uma fé assim resistente. Cumpre-lhes viver como Ele viveu e trabalhar como Ele trabalhou, pois nEle confiam como o grande Obreiro-Mestre (O Desejado de Todas as Nações, p. 678, 679).

domingo, 20 de agosto de 2017

A rede do evangelho

O reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Mateus 13:47
“O reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação dos séculos: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13:47-50).
O lançar da rede é a pregação do evangelho. Esse ato congrega na igreja bons e maus. Quando terminar a missão do evangelho, o juízo efetuará a obra de separação. Cristo viu que a existência de falsos irmãos na igreja motivaria que se falasse mal do caminho da verdade. O mundo difamaria o evangelho por causa da vida incoerente de falsos crentes. Mesmo os cristãos seriam induzidos a tropeçar, ao verem que muitos que levavam o nome de Cristo não eram governados pelo Seu Espírito. Havendo pecadores assim na igreja, as pessoas estariam em perigo de pensar que Deus lhes desculparia os pecados. Por isso, Cristo ergueu o véu do futuro e ordenou a todos que notassem que o caráter, e não a posição, é que decide o destino da humanidade.
Tanto a parábola do joio como a da rede claramente ensinam que não haverá um tempo em que todos os ímpios se converterão a Deus. O trigo e o joio crescem juntos até a ceifa. Os peixes bons e os ruins são puxados juntos para a margem, para uma separação final.
Essas parábolas ensinam que depois do juízo não haverá graça. Quando findar a obra do evangelho, imediatamente a separação de bons e maus será feita, e o destino de cada classe será fixado para sempre.
Deus não deseja a destruição de ninguém. “Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer?” (Ez 33:11). Durante todo o período da graça, Seu Espírito insta com as pessoas para que aceitem o dom da vida. Somente os que Lhe rejeitam a intercessão serão deixados a perecer. Deus declarou que o pecado precisa ser destruído como um mal nocivo ao universo. Os que se atêm ao pecado vão perecer na destruição do mesmo (Parábolas de Jesus, p. 122, 123).

sábado, 19 de agosto de 2017

A regra do Salvador

Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Mateus 5:24
Os que são designados para guardar os interesses espirituais da igreja devem ser cuidadosos em dar o exemplo devido, não dando ocasião a invejas, ciúmes ou suspeitas, manifestando sempre aquele mesmo espírito de amor, respeito e cortesia que desejam incentivar em seus irmãos. Atenção diligente deve ser dada às instruções da Palavra de Deus. Seja contida toda manifestação de animosidade ou falta de bondade, seja removida toda raiz de amargura. Quando surgem dificuldades entre irmãos, deve ser seguida à risca a regra do Salvador. Todo esforço possível deve ser feito para conseguir a reconciliação, mas se as partes persistirem obstinadamente em continuar em divergência, devem ser suspensas até que possam harmonizar-se.
Ao ocorrerem dificuldades na igreja, examine cada membro o próprio coração para ver se a causa da dificuldade não está nele. Pelo orgulho espiritual, o desejo de mandar, um ambicioso anelo de honras ou posição, falta de domínio próprio, condescendência com a paixão ou preconceito, pela instabilidade ou falta de discernimento, a igreja pode ser perturbada e sacrificada sua paz.
As dificuldades são muitas vezes causadas pelos fofoqueiros, cujas insinuações e sugestões cochichadas envenenam pessoas inocentes e separam os amigos mais íntimos. Os promotores de desordens são apoiados em sua má obra por muitos que têm os ouvidos abertos e o coração pervertido, dizendo: “Diga, e nós o espalharemos.” Esse pecado não deve ser tolerado entre os seguidores de Cristo. Nenhum pai cristão deve permitir que boatos sem fundamento sejam repetidos no círculo da família, ou feitas observações que desonrem os membros da igreja.
Devem os cristãos considerar como dever religioso reprimir um espírito de inveja ou rivalidade. Devem alegrar-se com a boa reputação ou prosperidade de seus irmãos, mesmo quando seu caráter ou realizações pareçam lançados na sombra. […]
Devemos buscar a verdadeira bondade, em vez da grandeza. Os que possuem a mente de Cristo terão opinião humilde de si mesmos. Trabalharão pela pureza e prosperidade da igreja, e estarão prontos a sacrificar os próprios interesses e desejos em vez de causar dissensão entre os irmãos (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 241, 242).

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Unam-se agora!


Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. 1 Coríntios 12:25
A união é força; a divisão, fraqueza. Quando estão unidos, os que creem na verdade presente exercem poderosa influência. Satanás compreende bem isso. Ele nunca esteve mais determinado do que agora para neutralizar a verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor.
O mundo é contra nós, as igrejas populares são contra nós, as leis da Terra em breve serão contra nós. Se já houve tempo em que o povo de Deus devesse unir-se, o tempo é agora. Deus nos confiou as verdades especiais para este tempo, a fim de as tornar conhecidas ao mundo. A última mensagem de misericórdia está sendo proclamada agora. Estamos lidando com homens e mulheres que se dirigem para o juízo. Como devemos ser cuidadosos em cada palavra e ato para seguir de perto o Modelo, a fim de que nosso exemplo leve pessoas a Cristo! Com que cuidado devemos procurar apresentar a verdade de tal modo que os outros, contemplando-lhe a beleza e simplicidade, sejam levados a recebê-la. Se nosso caráter testificar de seu poder santificador, seremos uma contínua luz aos outros – epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos. Não podemos agora correr o risco de dar lugar a Satanás, nutrindo desunião, discórdia e lutas.
A preocupação expressada na última oração de nosso Salvador pelos discípulos, antes de Sua crucifixão, foi que imperassem união e amor entre eles. Tendo diante de Si a agonia da cruz, Sua atenção não estava voltada para Si mesmo, mas para aqueles que Ele deixaria a continuar Sua obra na Terra. As provas mais severas os aguardavam; mas Jesus viu que seu perigo maior proviria de um espírito de amargura e divisão. […]
Todos os que foram beneficiados pelos trabalhos dos servos de Deus devem, segundo sua habilidade, unir-se a eles pela salvação das pessoas. Essa é a obra de todos os verdadeiros crentes, pastores e povo. Devem conservar sempre em mente o grande objetivo, buscando cada qual preencher sua devida posição na igreja, e todos trabalhando conjuntamente em ordem, harmonia e amor. […]
Não negligenciarão o empenho pelo fortalecimento e unidade da igreja. Vigiarão cuidadosamente a fim de que não seja dada oportunidade para se introduzirem diversidade e divisão (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 236, 238).

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Lidando com quem erra

Perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais Me lembrarei. Jeremias 31:34
Se ele não os atender, então, e só então, o assunto deve ser levado perante o inteiro corpo de crentes. Que os membros da igreja, como representantes de Cristo, unam-se em oração e amoráveis súplicas para que o ofensor seja restaurado. O Espírito Santo falará por meio de Seus servos, pleiteando com o errante para voltar para Deus. O apóstolo Paulo, falando por inspiração, diz: “Como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5:20). Aquele que rejeita essa tentativa realizada em conjunto rompeu o laço que o ligava a Cristo, separando-se assim da sociedade da igreja. Daí em diante, disse Jesus, “considera-o como um gentio e publicano” (Mt 18:17). Entretanto, não se deve olhar para ele como separado da misericórdia de Deus. Não seja desprezado ou negligenciado por seus antigos irmãos, mas tratado com ternura e compaixão, como uma das ovelhas perdidas a quem Cristo ainda está buscando trazer para o aprisco.
As instruções de Cristo quanto ao tratamento dos que estão em erro repetem, de maneira mais específica, o ensino dado a Israel por intermédio de Moisés: “Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo, e por causa dele, não levarás sobre ti o pecado” (Lv 19:17). Isto é, se alguém negligencia o dever que lhe é imposto por Cristo, de procurar restabelecer os que se acham em erro e pecado, torna-se participante do pecado. Somos tão responsáveis por males que poderíamos ter reprimido, como se fôssemos nós mesmos culpados da ação.
É ao que procedeu mal que nos cumpre apresentar o erro. Não devemos fazer disso assunto de comentários e críticas entre nós; nem mesmo depois de isso ter sido comunicado à igreja, achamo-nos na liberdade de o repetir aos outros. O conhecimento das faltas dos cristãos só servirá de pedra de tropeço para o mundo incrédulo. Demorando-nos sobre essas coisas, só fazemos mal a nós mesmos; pois é pela contemplação que somos transformados. Ao procurarmos corrigir os erros de um irmão, o Espírito de Cristo nos levará a resguardá-lo quanto possível até da crítica dos próprios irmãos, quanto mais de censura do mundo incrédulo. Nós mesmos somos falíveis e necessitamos da piedade e do perdão de Cristo. Da mesma forma que desejamos que nos tratem, Ele nos pede que tratemos uns aos outros (O Desejado de Todas as Nações, p. 441)

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Lidando com quem erra

Perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais Me lembrarei. Jeremias 31:34
Se ele não os atender, então, e só então, o assunto deve ser levado perante o inteiro corpo de crentes. Que os membros da igreja, como representantes de Cristo, unam-se em oração e amoráveis súplicas para que o ofensor seja restaurado. O Espírito Santo falará por meio de Seus servos, pleiteando com o errante para voltar para Deus. O apóstolo Paulo, falando por inspiração, diz: “Como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5:20). Aquele que rejeita essa tentativa realizada em conjunto rompeu o laço que o ligava a Cristo, separando-se assim da sociedade da igreja. Daí em diante, disse Jesus, “considera-o como um gentio e publicano” (Mt 18:17). Entretanto, não se deve olhar para ele como separado da misericórdia de Deus. Não seja desprezado ou negligenciado por seus antigos irmãos, mas tratado com ternura e compaixão, como uma das ovelhas perdidas a quem Cristo ainda está buscando trazer para o aprisco.
As instruções de Cristo quanto ao tratamento dos que estão em erro repetem, de maneira mais específica, o ensino dado a Israel por intermédio de Moisés: “Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo, e por causa dele, não levarás sobre ti o pecado” (Lv 19:17). Isto é, se alguém negligencia o dever que lhe é imposto por Cristo, de procurar restabelecer os que se acham em erro e pecado, torna-se participante do pecado. Somos tão responsáveis por males que poderíamos ter reprimido, como se fôssemos nós mesmos culpados da ação.
É ao que procedeu mal que nos cumpre apresentar o erro. Não devemos fazer disso assunto de comentários e críticas entre nós; nem mesmo depois de isso ter sido comunicado à igreja, achamo-nos na liberdade de o repetir aos outros. O conhecimento das faltas dos cristãos só servirá de pedra de tropeço para o mundo incrédulo. Demorando-nos sobre essas coisas, só fazemos mal a nós mesmos; pois é pela contemplação que somos transformados. Ao procurarmos corrigir os erros de um irmão, o Espírito de Cristo nos levará a resguardá-lo quanto possível até da crítica dos próprios irmãos, quanto mais de censura do mundo incrédulo. Nós mesmos somos falíveis e necessitamos da piedade e do perdão de Cristo. Da mesma forma que desejamos que nos tratem, Ele nos pede que tratemos uns aos outros (O Desejado de Todas as Nações, p. 441).

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O dever da igreja

Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus. 1 Timóteo 4:6
O  Espírito Santo é o sopro da vida espiritual na alma. A comunicação do Espírito é a transmissão da vida de Cristo. Reveste o que o recebe com os atributos de Cristo. Apenas os que são assim ensinados por Deus, os que possuem a operação interior do Espírito, em cuja vida se manifesta a vida de Cristo, devem-se colocar como homens representativos para servir em favor da igreja.
“Aqueles a quem perdoardes os pecados”, disse-lhes Cristo, “são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos” (Jo 20:23, ARC). Cristo não dá aqui permissão para qualquer pessoa julgar a outros. No Sermão do Monte, Ele proíbe essa atitude. É uma prerrogativa de Deus. Sobre a igreja em sua qualidade de corpo organizado, porém, Ele coloca uma responsabilidade para com os membros individuais. A igreja tem o dever, para com os que caem em pecado, de advertir, instruir e, se possível, restaurar. “Quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta”, diz o Senhor, “com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4:2). Lide fielmente com os que fazem mal. Advirta qualquer pessoa que se ache em perigo. Não deixe que ninguém engane a si mesmo. Chame o pecado pelo seu verdadeiro nome. Declare o que Deus disse com relação à mentira, à transgressão do sábado, ao roubo, à idolatria e a todos os outros males. “Não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gl 5:21). Se eles persistirem no pecado, o juízo que tiver declarado segundo a Palavra de Deus é sobre eles proferido no Céu. Preferindo pecar, renunciam a Cristo; a igreja deve mostrar que não sanciona seus atos, do contrário, ela própria desonra ao Senhor. Deve dizer a respeito do pecado o mesmo que declara o Senhor. Trate o pecado segundo as instruções divinas, e sua ação será ratificada no Céu. Aquele que desdenha a autoridade da igreja, na verdade, despreza a autoridade do próprio Cristo.
Há, porém, na questão, um aspecto mais feliz. “Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados” (Jo 20:23, ARC). Seja, acima de tudo, conservado esse pensamento. No trabalho em prol dos que se acham em erro, dirija todo olhar para Cristo. […]
Seja o arrependimento do pecador aceito pela igreja com coração agradecido. Conduza-se o arrependido da treva da incredulidade para a luz da fé e da justiça. Coloque-se sua trêmula mão na amorável mão de Jesus. Essa remissão é ratificada no Céu (O Desejado de Todas as Nações, p. 805, 806).

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Vazio de si mesmo

Convém que Ele cresça e que eu diminua. João 3:30.
Olhando com fé para o Redentor, João erguera-se às alturas da abnegação. Não buscava atrair as pessoas a si mesmo, mas erguer-lhes o pensamento mais e mais alto, até que repousasse no Cordeiro de Deus. Ele próprio não passara de uma voz, um clamor no deserto. Agora, aceitava com alegria o silêncio e a obscuridade, para que os olhos de todos se voltassem para a Luz da vida.
Os que são fiéis à vocação de mensageiros de Deus não buscarão honra para si mesmos. O amor ao próprio eu será absorvido pelo amor a Cristo. Nenhuma rivalidade manchará a preciosa causa do evangelho. Reconhecerão que sua obra é proclamar, como João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1:29). Exaltarão a Jesus e, com Ele, será a humanidade exaltada. “Assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Is 57:15).
O coração do profeta, vazio de si mesmo, encheu-se da luz divina. Ao testificar da glória do Salvador, suas palavras eram quase iguais às do próprio Cristo em Sua entrevista com Nicodemos. João disse: “Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da Terra é terreno e fala da Terra; quem veio do Céu está acima de todos. […] Pois o enviado de Deus fala as palavras dEle, porque Deus não dá o Espírito por medida” (Jo 3:31, 34). Cristo pôde dizer: “Não procuro a Minha vontade, e sim a dAquele que Me enviou” (Jo 5:30). DEle é dito: “Amaste a justiça e odiaste a iniquidade” (Hb 1:9). […]
O mesmo se dá quanto aos seguidores de Cristo. Só podemos receber da luz do Céu à medida que formos voluntários em nos esvaziar do próprio eu. Não podemos discernir o caráter de Deus nem aceitar a Cristo pela fé, a menos que consintamos em levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo. A todos quantos assim fazem, o Espírito Santo é dado sem medida (O Desejado de Todas as Nações, p. 179-181).

Jesus, o justo Juiz

Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas coi...