terça-feira, 3 de outubro de 2017

No lugar santíssimo

Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-Se à destra de Deus. Hebreus 10:12
O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844. Revelou um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si e mostrando que a mão de Deus dirigira o grande movimento do advento e apontara novos deveres ao trazer à luz a posição e obra de Seu povo. Como os discípulos de Jesus, depois da terrível noite de sua angústia e desapontamento “alegraram-se […] ao verem o Senhor” (Jo 20:13), assim se regozijaram então os que, pela fé, haviam aguardado o segundo advento. Esperavam que Ele aparecesse em glória para dar a recompensa a Seus servos. Vendo frustradas suas esperanças, perderam de vista a Jesus e, como Maria, junto ao sepulcro, exclamaram: “Levaram o meu Senhor, e não sei onde O puseram” (v. 13). Então, no lugar santíssimo, contemplaram de novo seu compassivo Sumo Sacerdote, prestes a aparecer como Rei e Libertador. A luz proveniente do santuário iluminou o passado, o presente e o futuro. Souberam que Deus os havia guiado por Sua providência infalível. Se bem que, como aconteceu aos primeiros discípulos, não compreendessem a mensagem por eles mesmos comunicada, era esta, no entanto, correta em todos os sentidos. Proclamando-a, tinham cumprido o propósito de Deus, e seu trabalho não havia sido em vão no Senhor. De novo gerados “para uma viva esperança”, regozijavam-se “com alegria indizível e cheia de glória” (1Pe 1:3, 8).
Tanto a profecia de Daniel 8:14 – “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” – como a mensagem do primeiro anjo – “Temei a Deus e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo” (Ap 14:7) – indicavam o ministério de Cristo no lugar santíssimo, o juízo investigativo, e não a vinda de Cristo para resgatar o Seu povo e destruir os ímpios. O engano não havia sido na contagem dos períodos proféticos, mas no acontecimento a ocorrer no fim dos 2.300 dias. Por esse erro, os crentes sofreram desapontamento; entretanto, cumprira-se tudo que estava predito pela profecia e que, com autoridade bíblica, eles podiam esperar. Ao mesmo tempo em que lamentavam a ruína de suas esperanças, transcorrera o acontecimento que fora predito pela mensagem, e que deveria cumprir-se antes que o Senhor aparecesse para recompensar Seus servos (O Grande Conflito, p. 423, 424).

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